segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aruanã Africana

Aruanã Africana (Heterotis niloticus) - © Foto: HAO / arowana.pl
Aruanã Africana (Heterotis niloticus): Esse peixe primitivo é de longe o menos popular representante da família Osteoglossidae e também o menos agressivo. Apesar de ser um peixe que apresenta um comportamento territorial intraespecífico, é pacífico e representa pouco perigo para companheiros de tanque que não sejam pequenos o suficiente para serem engolidos acidentalmente. Sua boca e guelras, ao contrário dos demais representantes da família Osteoglossidae, são adaptadas filtrar plancton e outros microorganismos. Devido a essa característica alimentar, sua manutenção apresenta um alto grau de desafio para o aquarista.
O que você vai precisar?: Para um exemplar solitário, aquário grande (base a partir de 210x70cm); pH entre 6,7 e 7,5; temperatura entre 24 e 30ºC.

Peixe-Faca Africano

Peixe-Faca Africano (Xenomystus nigri) - © Foto: Crookedjaw
Peixe-Faca Africano (Xenomystus nigri): Há algum tempo, o Peixe-Faca Africano era classificado como uma espécie do gênero Notopterus. Sua semelhança com o Peixe-Faca Asiático (Notopterus notopterus) chegava a criar alguma confusão no mercado aquarístico. Mas, o Faca-Africano adulto é menor e não possuí nadadeira dorsal. É um peixe tímido que precisa de um aquário repleto de esconderijos e com iluminação pouco intensa. Sua principal característica como “excêntrico” reside no formado de lâmina e na nadadeira que lembra uma saia, que lhe permite nadar de uma forma bem característica, podendo ficar “estacionado” ou nadar “de marcha à ré”. Além disso, possuí uma bexiga natatória especializada, que lhe capacita a respirar ar atmosférico. É predador (não devendo compartilhar o aquário com peixes pequenos o suficiente para serem abocanhados) e territorialista com exemplares da mesma espécie (opte por um exemplar ou pequeno grupo, de pelo menos cinco indivíduos) ou semelhantes (como as Tuviras, por exemplo).
O que você vai precisar?: Para um exemplar solitário, aquário médio (base a partir de 100x40cm); pH entre 5,8 e 7,5; temperatura entre 23 e 28ºC.

Aba-aba

Aba-aba (Gymnarchus niloticus) - © Foto: Wildfeuer
Aba-aba (Gymnarchus niloticus): Talvez o peixe mais mal humorado do aquarismo. Qualquer um que queira manter esse peixe deve estar ciente de que é uma espécie que irá demandar uma montagem dedicada a um indivíduo. Pois, esse peixe é extremamente predatório e territorial, considerando tudo que entre no tanque como comida ou adversário… A mão do aquarista será considerada ambos. Colocando-se de lado a questão do comportamento e do espaço necessário (estamos falando de um “monstro” que ultrapassa um metro de comprimento), o Aba-aba é um dos mais “excêntricos” peixes do mundo. Um dos seus nomes populares é Peixe-Faca Invertido, porque, diferentemente dos Peixes-Faca, sua nadadeira é uma fusão das nadadeiras dorsal e caudal.
O que você vai precisar?: Para um exemplar solitário (nesse caso, qualquer outra opção não é recomendável), aquário imenso (base a partir de 320x120cm); pH entre 6,5 e 8; temperatura entre 23 e 28ºC.

Peixe-Borboleta Africano

Peixe-Borboleta Africano (Pantodon buchholzi) - © Foto: Hristo Hristov
Peixe-Borboleta Africano (Pantodon buchholzi): Maior que seu xará sul-americano, o Borboleta-Africano (que pode chegar a 10cm) tem um corpo de forma “aerodinâmica” que lembra um animal alado. É um peixe de águas plácidas, quase paradas. Essa sua forma “excêntrica” e posição que ocupa no aquário (sempre rente a superfície e estático) refletem o seu estilo de caça. Sendo um insetívoro voraz, chega a dar saltos fora d’água para capturar insetos voadores, o que implica na necessidade de ter um aquário bem tampado. Além disso, é um caçador solitário e territorialista, que atacará outros peixes da mesma espécie, peixes pequenos e/ou que nadem na parte superior do tanque.
O que você vai precisar?: Para um exemplar solitário, aquário médio (base a partir de 90x30cm); pH entre 6 e 7,5; temperatura entre 23 e 30ºC.

Peixe-Elefante

Peixe-Elefante (Gnathonemus petersii) - © Foto: Joachim S. Müller
Peixe-Elefante (Gnathonemus petersii): Talvez um dos mais populares membros da família Mormyridae, o Peixe-Elefante ganhou esse nome devido a um apêndice na mandíbula inferior, que lembra a indefectível tromba do seu conterrâneos, o elefante. Contudo, a “tromba” desse peixe não é um focinho e sim um órgão sensorial, utilizado principalmente para localizar alimento através da emissão e captação de sinais elétricos. Como costumam usar esse órgão para procurar alimento no substrato, é essencial evitar a utilização de pedras pontiagudas ou cortantes no aquário, dando sempre preferência por um substrato de areia. É um peixe bastante territorial com sua própria espécie e peixes com cores e formato semelhante. Recomenda-se a manutenção de exemplares solitários ou em grupos de pelo menos cinco indivíduos.
O que você vai precisar?: Para um exemplar solitário, aquário grande (base a partir de 120x40cm); pH entre 6 e 7,5; temperatura entre 23 e 28ºC.

Peixe-Girafa


Peixe-Girafa (Auchenoglanis occidentalis) - © Foto: zoochat
Peixe-Girafa (Auchenoglanis occidentalis): Esse peixe se destaca entre a numerosa família dos Peixes-Gato pelo formato de sua cabeça, que apresenta um crânio volumoso que vai afinando na direção da boca. Tal característica serviu para nomear o gênero, que poderia ser traduzido como “um peixe que pode comer a isca sem tocar no anzol”, devido a boca relativamente “delicada”. Além disso, sua padronização de manchas, similar aos da girafa, acabou por lhe render seu nome popular. É um peixe grande, que poderá passar dos 50 cm em aquários. Sendo pacífico e incapaz de predar peixes maiores do que sua pequena boca, é um ótimo companheiro de tanque para peixes que não se assustem com seu tamanho. Como é uma espécie amplamente distribuida no continente africano, pode ser encontrado nos mais diferentes biótopos, inclusive dos lagos do Vale Rift.
O que você vai precisar?: Para um exemplar solitário, aquário grande (base a partir de 210x70cm); pH entre 6,5 e 8; temperatura entre 21 e 28ºC.

Gar


Gar (Lepisosteus oculatus) © Foto: Tino Strauss
Gar (Lepisosteus oculatus) é um primo do gigantesco “boca de jacaré” (Atractosteus spatula) que com um certo cuidado cai bem em montagens exóticas. Tem corpo alongado, a boca comprida com dentes pontiagudos e no aquário adaptam-se a comer ração com certa facilidade. Seu tamanho em aquário costuma ficar entre 45 e 55 cm, na natureza podendo chegar a 1 metro. O Gar é predador de emboscada portanto usa a estratégia de manter-se imóvel por longos períodos. No aquário, entretanto, reconhece a hora da alimentação e sobe à superfície, ato que repete bastante visto que respira ar atmosférico como os anabantídeos. Não é um peixe agressivo, já que não define território, podendo ser companheiro de qualquer peixe de seu porte.
O que você vai precisar?: Um aquário grande, de pelo menos 180 cm. E largura maior que 50 cm. A água pode ou não ser oxigenada e os parâmetros são bem amplos, não importando o pH. Níveis altos de amônia não causam intoxicação neste animal, mas fará com que suas nadadeiras fiquem com aspecto ruim.