O disco é originário da região norte do Brasil, de águas acidas com PH de 6.0 a 6.8 , dependendo da região, com uma temperatura de 28 a 32 graus. Procure inserir um termostato de precisão em seu aquário, para evitar oscilações de temperaturas . Quando recém introduzidos ao novo aquário, poderemos elevar a temperatura para aumentar o metabolismo, assim terá mais fome e se alimentará mais rapidamente. O disco demora a se alimentar e se adaptar em uma nova morada. Este peixe é considerado de delicada criação e aconselhada a aquaristas experientes pois é extremamente sensível a águas poluídas com toxinas, Amônia e Nitritos. As trocas parciais deverão ser feitas periodicamente na proporção de no mínimo 10% a cada 10 dias. Estas exigências deverão ser cumpridas a risca pelo aquarista. A amônia sendo tóxica e o Disco sendo altamente sensível a ela, normalmente é a maior responsável pelas mortes destes peixes. Os sintomas de Discos doentes pela Amônia é a coloração escura, respiração ofegante, barbatanas constantemente fechadas e corroídas. Se o Disco parar de se alimentar, com certeza a probabilidade de morte será maior. Na constatação de amônia (> 0.5 ppm) realizada por testes específicos, o aquarista deve trocar 20% da água do aquário, para baixar o nível. Poderemos também usar produtos específicos aplicáveis ao filtro externo(mecânico), para que os níveis de amônia possam reduzir. Lembrando que quando a alimentação não for excessiva e os filtros biológicos estiverem funcionando corretamente esta toxina não estará presente no aquário(Clique aqui para ver fotos de Exemplares, Hibridos.)
A compra de casais para a Reprodução:
Acho muito difícil algum lojista oferecer um casal de discos com promessas de reprodução e a garantia que está reproduzindo, a não ser que você obtenha de amigos e que já conheça bem o casal e a causa de se desfazer dos discos, acho melhor realmente obter alguns discos juvenis e observa-los ao longo de sua maturidade que chegará após 12 meses, para ai sim, tentar o acasalamento e sua criação. Para a distinção dos sexos existem muitas maneiras, acredito sim que são mais lendas que bases científicas, pois os discos não apresentam características externas que se possa fazer a distinção dos sexos. Por mais que grandes pesquisadores e aquaristas insistam em dizer que o macho é maior que a fêmea, que as nadadeiras dorsais são diferentes nas fêmeas etc... Será muito, muito difícil chegar em uma loja e em poucos minutos da compra, afirmar baseado em ‘nada’ que aquele disco é um Macho ou uma Fêmea. Para podermos ter uma grande chance de comprar casais ou um, que seja, devemos montar nosso grupo e obter 7 espécies, depois que possível mais uns tres ou quatro, claro que podemos levar sorte e obter um casal na primeira compra... Quando notarmos que no grupo , já na fase adulta, duplas de disco nadam e ficam juntos afastando os outros perto deles, significa que são casais e estão acasalando e jamais devem ser separados. O casal se corteja , o macho persegue a fêmea empurrando-a levemente pelo ventre e fica claro que a desova vai acontecer. Aquário para Reprodução:
Aquário para a reprodução deve ter no mínimo uns 70 litros não passando de 150 litros. Nada de decoração apenas equipamentos obrigatórios como aquecedor , e o sistema de filtragem biológica, nada de filtros potentes, nada de ‘maremotos ‘ apenas uma circulação suficiente, para o tamanho do aquário. O único equipamento diferente usado é um cone de pvc, ou até um tubo para que a fêmea possa desovar.
A desova :
Após o acasalamento, o casal faz os preparativos para a desova da fêmea, limpando o substrato, o cone , como todos os ciclideos, realizam a limpeza com a boca, devemos prender o cone bem firme para que na limpeza não seja arrastada, também para que na hora da desova o substrato não se mexa, já que lá é o local onde os ovos vão ficar aderidos. Trocas parciais em alguns períodos pode trazer efeitos benéficos de aceleração para a desova. A fêmea pode realizar alguns treinos, como encostar o ventre no substrato. Os discos geralmente desovam no final da tarde, de 50 a 250 ovos, o macho fica encarregado de fecundar os ovos. Neste momento não devem ser molestados e o aquarista deve observar longe do aquário para não distrai-los e para não se sentirem ameaçados, pois podem comer seus próprios ovos ou não fertilizarem. Após a desova o macho fica ainda algum tempo para fertiliza-los, se bem que, a fertilização deve ser feita em alguns instantes após a desova, caso contrário os ovos não fertilizados irão gorar. Os ovos mantém um aspecto amarelado, meio transparente e os ovos gorados, ou seja, não fertilizados, com um aspecto branco leitoso.
O desenvolvimento e Alimentação
Os ovos demoram em média 60 horas para eclodirem , em uma temperatura de 29 graus, com 30 horas podemos observar pontos pretos que significa que o desenvolvimento está normal . O casal fica o tempo todo cuidando e oxigenando com suas barbatanas, para que os ovos não corram o risco de ficarem gorados. O casal se reveza neste procedimento. Enquanto um oxigena o outro deve cuidar da área contra supostas ameaças. Devemos manter uma luz fraca durante a noite para que os pais possam observar os ovos. Na eclosão, observamos a cauda das larvas já no exterior do ovo e nesse momento os pais ajudam com a boca para que eles se soltem totalmente , arremessando-os novamente ao substrato. As larvas então ficam grudadas pelo seu saco vitelino no substrato. Após 3 dias perdem por completo o saco vitelino e nadam em grupos para todo o lado do aquário. Caso estejam em um aquário comunitário ou com outros Discos presentes, devem ser retirados imediatamente com auxilio de uma mangueirinha, sugando-os para uma aquário de 15 a 20 litros. Se isso não for feito, os outros peixes vão se alimentar das larvas. É ponto crucial a sua alimentação, náupios de ARTEMIAS recém eclodidas, que deve ser oferecida no máximo em 24 horas após a perda total do saco vitelino que até então, era seu alimento. Caso o aquário seja de reprodução citado acima, devemos deixa-los no mesmo aquário . Eles vão procurar o muco da pele dos pais para se alimentar. Durante alguns dias este procedimento é valido sem que necessite de nenhuma intervenção do aquarista, mas quando maiores, os aquaristas devem alimenta-los durante uns 20 dias com náuplios de ARTEMIAS recém eclodidas , mesmo que ainda estejam se alimentando do muco da pele dos pais. Após 1 mês podemos alimenta-los com rações especiais para alevinos. Esperamos que tenham sorte e só a prática realmente vai fazer que o aprendizado seja intensificado.