domingo, 30 de novembro de 2014

Austrolebias Nigrofasciatus

Este lindo peixe é muito pouco conhecido devido a sua raridade na natureza, pois devido a destruição do seu habitat o mesmo infelizmente se encontra na lista das espécies ameaçadas de extinção e se nada for feito pelas autoridades logo ele desaparecerá.

É um peixe anual que atinge cerca de 5 cm, apresenta uma bela coloração cinza-azulada com listras pretas-azuladas por todo o corpo, suas nadadeiras ainda apresentam alguns pontos coloridos muito bonito.

O macho é maior e mais colorido, apresentando a nadadeira dorsal e anal mais pontuda e com mais raios do que a fêmea.

Este peixe vive em poças temporárias nos pampas gaúchos onde a vegetação aquática é densa, porem são poças que secam em certos períodos do ano, por este motivo seus ovos mantem-se no estado de diapausa e só eclodem quando há o enchimento das poças durante a estação chuvosa.

O maior risco para este peixe é a destruição destas poças para uso de lavoura, a contaminação por produtos agrícolas, o aterramento para utilização imobiliária ou a contaminação por esgoto.

Fique atento pois como é um peixe em risco sua comercialização é proibida, principalmente se os peixes são coletados diretamente na natureza, caso você tenha alguns exemplares tente reproduzi-los para evitar o seu desaparecimento.

Hisonotus Bocaiuva


Ele pertence à família Loricarridae espécie Hypostomus sp. foi descoberto por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na Bacia do Rio São Francisco em Minas Gerais.

Batizado de Hisinotus Bocaiuva, o animal foi descrito na última edição da revista científica Ichthyological Exploration of Freshwaters. 

A espécie foi descoberta em maio de 2010, quando os pesquisadores de Botucatu (SP) coletavam outras espécies na região da cidade de Bocaiúva (MG). A característica morfológica mais marcante do peixe é uma crista no topo da cabeça. Segundo o pesquisador e um dos autores do estudo, Fábio Roxo, essa diferença foi essencial para destacar a espécie das demais do gênero.

Com cerca de 20,8 milímetros, o peixe é considerado relativamente pequeno se comparado a maioria das espécies com as quais tem parentesco. O tamanho dos animais da família varia de 30 a 40 milímetros, afirma Roxo.
O pesquisador também afirma que ainda não há informações sobre alimentação, comportamento e ecologia da espécie.

Esse tipo de trabalho normalmente é feito posteriormente à descrição da espécie, uma vez que somente agora sabemos que a espécie é nova. antes nem sabíamos que ela existia.

Porém já é possível afirmar que o animal é natural da bacia onde foi encontrado e seu habitat está associado à vegetação marginal de pequenos a grandes riachos.

Os pesquisadores contam que o Rio São Francisco apresenta um grande número de espécies de peixes, mas, infelizmente, poucas coletas são feitas e há grandes vazios amostrais.


leia este artigo completo no link<http://www,terradagente.com.br/NOT.0.0.836875.Nova+especie+de+peixe+e+encontrada+no+Rio+Sao+Francisco.aspx> extraído no dia 26/05/2013 as 15:50hs.

Leptolebias Aureoguttatus


A família Rivulidae é uma das quatro mais diversificadas entre as 39 famílias de peixes de água doce do Brasil.(Fonte: Sumário de conservação dos peixes Rivulídeos ameaçados de extinção ICMBio)

Estes peixes anuais possuem algumas espécies de belezas incríveis, hoje vamos trazer para você uma espécie encontrada no litoral do estado de São Paulo até Santa Catarina.

Segundo a lista do ICMBio a Leptolebias Aureoguttatus é considerada em risco de baixo nível, de pequeno porte gosta de viver entre as folhas mortas das poças onde habita. Atingindo cerca de 4 cm, sua reprodução é anual, espécie considerada de difícil manutenção em aquários é indicada para aquaristas experientes em Killifishes, o PH ideal é entre 5.8 -7.0, DH 0 e temperatura entre os 20 a 25ºC.

Segundo alguns aquaristas esta espécie não se adapta a comida industrializada, por este motivo o ideal é o fornecimento de rações vivas balanceadas, alternando entre artêmias, dáfnias, microvermes, etc.

Com um colorido extremamente belo este peixe é muito agressivo entre si, o ideal é ter um aquário com bastantes refúgios para as fêmeas e também um aquário amplo para que os machos possam delimitar seus territórios sem entrar em confronto uns com os outros.


Para a reprodução tenha um recipiente com turfa para que a fêmea possa colocar seus ovos, a diapausa dura cerca de 2 meses e não é necessário proceder com a secagem dos ovos, após o nascimento separe os filhotes do aquários dos pais e alimente-os com infusórios.

Austrolebias Carvalhoi


Este é mais um lindo peixe anual encontrado em nosso País, infelizmente como outras espécies também corre sério risco de extinção, isto devido a destruição de seu habitat seja pela especulação imobiliária, agricultura, poluição etc.

Por este motivo dificilmente é encontrado em lojas de aquarismo já que sua comercialização é proibida devido sua presença na lista de peixes ameaçados do IBAMA, é um peixe belo que possui um ciclo de vida curto, isto faz com que a espécie atinja a maturidade sexual em pouco tempo morrendo logo após por ocasião do período de seca das poças onde habita na natureza.

Atinge cerca de 4 cm, o macho possui mais raios na nadadeira dorsal e anal, alem de ser mais colorido que as fêmeas, segundo os pesquisadores este peixe já foi encontrado em poças rasas de até 50 cm com bastante vegetação.

Sabe-se que os ovos ficam em diapausa e eclodem por ocasião do enchimento das poças no período da estação chuvosa, é uma pena que como outros animais de nosso país este lindo peixinho corra serio risco de desaparecer, cabe a nós aquaristas lutar pela preservação da espécie tentando sua reprodução em cativeiro e também utilizando meios de informação para levar conhecimento aos nossos filhos, netos, sobrinhos sobre a importância de se preservar a natureza da qual também fazemos parte.

Hyphessobrycon Stegemanni

Conhecido como tetra savana este peixinho é encontrado na bacia do Rio Tocantins e outros afluentes na região amazônica, atingindo cerca de 3 cm gosta de viver em pequenos córregos de águas calmas onde a vegetação é espessa e comida abundante. 

Com um corpo esguio, ele possui uma faixa preta cintilante que vai da cabeça a cauda, que apresenta dois pontos vermelhos assim como seu olho que tem uma faixa vermelha e outra esverdeada. A nadadeira anal e dorsal ainda apresenta uma leve mancha esbranquiçada. 

Gosta de viver em grandes cardumes, o aquário ideal para a espécie pode ter acima de 80 litros e com bastante vegetação, pode-se utilizar folhas secas para acidificar a água e também imitar o ambiente da espécie, a iluminação ideal é de fraca a moderada.

A temperatura ideal é a tropical que varia dos 25 a 28°C, PH 6.0 e DH 3.0, a espécie é onívora, ou seja, come de tudo, ofereça alimentos vivos pelo menos uma vez por semana, como são peixes pacíficos pode habitar juntamente com outros tetras sem problema, assim como Bandeiras, Discos e outros ciclídeos.
  
Segundo alguns pesquisadores a diferença sexual entre os peixes se dá pelo corpo arredondado da fêmea que também é ligeiramente maior que o macho, que tem o característico gancho dos caracídeos ainda não se conhece detalhes de sua reprodução em cativeiro embora não deve ser diferente de outros caracídeos.

Na Asia já é comum a reprodução da espécie em cativeiro, onde o mesmo é criado em fazendas de Cingapura, Malásia e Hong Kong e abastecem o mercado da região, infelizmente no Brasil, país de origem da espécie ele não é encontrado com facilidade pois é retirado diretamente da natureza e como não existem criadores que reproduzam a espécie em cativeiro ele não frequenta com facilidade as nossas lojas.

Acestridium Gymnogaster

 Este peixe de aparência exótica é encontrado na região do rio Traíra na Amazônia Brasileira, é mais uma espécie das várias que compõem a família Locaridae, de porte pequeno chegando aos 6 cm de comprimento quando adulto, este peixe possui um corpo alongado e fino, com um “nariz” pontudo e a boca situada no meio.

Da cabeça ao tronco possui sulcos longitudinais que terminam na nadadeira caudal que possui cerca de dez raios, os peixes desta família possuem uma característica que os difere das demais que é a camuflagem, como vivem em pequenos riachos geralmente na margem destes, alguns peixes são esverdeados como as folhas (Acestridium dichromum) ou marrons para se camuflarem com a areia destes riachos.


Infelizmente nada se sabe sobre os hábitos reprodutivos desta espécie, assim como raramente é encontrada nas lojas de aquarismo, mas caso você se depare com um destes peixes, não hesite em adquiri-lo, com certeza ele irá deixar seu aquário ainda mais belo devido seu formato exótico.

Coridora Oiapoquensis


Encontrada na região de fronteira entre Brasil e Guiana francesa (Oiapoque) esta é mais uma linda espécie de coridora que pode habitar em seu aquário.
 É muito parecida com a coridora panda, diferenciando apenas pela falta da mancha no pedúnculo caudal e possuindo uma serie de listras onduladas na cauda, como todas coridoras gostam de viver em cardumes de 10 peixes para cima, em um aquário plantado e sem pedras pontiagudas para não causar ferimentos no peixe.


Aprecia comidas vivas como pequenos vermes ou artêmias assim como ração especial para peixes de fundo, como todo peixe da espécie, são muito ativas e sempre estarão vasculhando o aquário em busca de alimentos.

A distinção entre os sexo se verifica pelo tamanho, geralmente a fêmea é maior que o macho, para conseguir o acasalamento deve-se manter a temperatura em 25ºC, fazer trocas parciais com maior frequência e variar a alimentação, após isto iremos notar um certo nervosismo nos peixes, eles estarão mais agitados que o costume, os machos estarão perseguindo a fêmea por todos os lados do aquário.

Após esta corte a fêmea ira escolher um macho para se acasalar o macho irá dançar em volta dela e se colocar em posição de T, neste momento a fêmea ira depositar os ovos em suas aletas ventrais onde o macho fertilizara, logo após ela irá procurar um local para depositar os ovos, pode acontecer dos pais devorarem alguns ovos, mas sempre ficará alguns que levarão 3 dias para se desenvolverem.

Assim que os filhotes saírem dos ovos, eles se alimentaram do conteúdo do saco vitelino e após consumirem todo o conteúdo você poderá ministrar alimentos vivos, como infusórios ou naúplios de artêmia.


Para deixar os peixes mais a vontade, acrescente algumas folhas secas no aquário, isto ajudará na acidificação da água além de deixar o ambiente mais parecido com a natureza.

Cascudo Tigre


Conhecido como cascudo tigre, este lindo peixe da família loricariidae é encontrado em toda região tropical da América do Sul e bacia do rio Amazonas. Vive sozinho na natureza, se juntando com o par apenas na época reprodutiva, atinge cerca de 15 cm quando adulto e vive cerca de 8 anos.

O ambiente ideal no aquário é o que recomendamos para todos os que criam peixes desta família, ou seja, muitas tocas, troncos e substrato formado por areia de rio sem a presença de pedras pontiagudas ou cortantes. O PH ideal é de 5.0 a 7.0, DH de mole à média e temperatura em cerca dos 26ºC.

Sua manutenção é relativamente fácil, ofereça alimentos para peixes de fundo e também a base de carne já que o peixe tem uma tendência ao carnivorismo.

Alguns aquaristas oferecem abobora, pepino, alface, ervilhas, vagem e também enquitreias e outros alimentos vivos para complementar a dieta.

O dimorfismo sexual é fácil de ser notado, basta observar os peixes do alto que você percebera que a fêmea é mais roliça que os machos, que são maiores e apresentam pequenos espinhos nas nadadeiras peitorais e ao longo do corpo.

São peixes territoriais com a mesma espécie e pacifico com os demais, por isto pode ser mantido em aquários comunitários numa boa.  

Geralmente o macho é que cuidam dos ovos durante a fase de reprodução, os ovos são aderentes e eclodirão, os filhotes irão consumir primeiramente o conteúdo do saco vitelino e após poderá ser alimentado com nauplios de artêmia, microvermes, infusórios e alimentação própria para peixes de fundo.


É muito importante a monitoração da qualidade da água  o mito que muitos aquaristas alimentam é que os cascudos se alimentam de detritos, o que é mentira, evite restos em excesso no substrato para que o peixe não venha sofrer nenhum risco de contaminação nos barbilhos.

Cyanogaster Noctivaga

Sabemos que nosso país é um grande berçário de espécies de peixes de todos os tipos, e a cada ano novas espécies são descobertas na região amazônica, e devido a sua dimensão temos certeza que muitas novas espécies ainda serão descobertas, fora aquelas que desaparecerão sem que tenhamos conhecimento, em Novembro de 2011 foi descoberto um peixe transparente denominado Cyanogaster Noctivaga com cerca de apenas dois centímetros de comprimento, segundo os pesquisadores se trata de uma espécie de hábitos noturnos.

A denominação Cyanogaster noctivaga faz referencia à coloração e hábitos do peixe, “Cyanogaster” significa “estômago azul” e “noctívaga” faz menção ao “vaguear noturno” da espécie.

Segundo os pesquisadores a região do Rio Negro onde a espécie foi descoberta, parece abrigar mais peixes em miniatura do que qualquer outro rio amazônico, o peixe descoberto é muito frágil e morreu em poucos minutos depois de capturado, ainda nada se sabe sobre seu comportamento na natureza, apenas que tem hábitos noturnos.


Possui o corpo transparente com uma cor azulada na região do ventre, a cabeça possui um tom de cobre e vermelho, durante as pesquisas foi notado que vive em grandes cardumes. Estas descobertas nos mostram porque devemos preservar a natureza, para que no futuro possamos ter em nossos aquários estas belas espécies e assim garantir a permanência da mesma por muitos e muitos anos.

Alternanthera Reineckii Bronze

Uma linda planta de coloração vermelho-bronze que irá criar um contraste fascinante em meio as outras plantas de coloração verde.

Originária de diversos pontos da América do Sul incluindo o Brasil, esta planta necessita de alguns cuidados especiais tais como iluminação forte, substrato fértil, injeção de CO² e temperatura entre os 22 a 28ºC para que ela se desenvolva com toda beleza.

Por ser uma espécie que cresce de forma considerável ela é ideal para ser plantada no fundo do aquário criando moitas que irão contrastar com as plantas verdes criando uma bela paisagem.

Indicada para aquaristas mais experientes devido os cuidados especiais que necessita, esta planta irá deixar seu aquário bem mais vistoso e belo de se

Acanthicus Adonis


Este lindo peixe originário do Rio Tocantins e também já foi observado em outros rios da região amazônica, possui o corpo espinhoso e coberto de bolas brancas sobre um fundo negro, de grande porte chegando aos 50cm quando adulto não é indicado para aquários plantados, ele pode ser diferenciado de outra espécie semelhante pela falta da barbatana adiposa e pelos filamentos da cauda mais alongado.

De temperamento pacifico com as outras espécies, ele deve ter um aquário grande com muitas tocas para que este temperamento não seja alterado, já que em ambientes pequenos o peixe tende a ser mais territorialista e agressivo, coloque também bastante troncos e o substrato deve ser formado com areia sem pontas pontiagudas para não machucar o peixe.

O PH ideal para a espécie está entre 6,8 a 7,0, temperatura tropical e ração a base de legumes, carnes e alimentos próprios para peixes de fundo, com ênfase aos alimentos próprios para cascudos.

Não se conhece os métodos reprodutivos da espécie, assim como a diferença sexual entre eles, embora a noticias de que aquaristas europeus e asiáticos já conseguem reproduzir a espécie rotineiramente conforme mostra a foto acima.


Existe ainda uma variação albina que também é igualmente bela, aos aquaristas que amam e se dedicam especialmente a criação de “plecos” esta espécie é uma que não deve faltar em sua criação.

Hyphessobrycon Cyanotaenia


Belíssimo exemplar da família dos Caracídeos ideal para aquários plantados, este peixinho chega aos 4 cm de comprimento, conhecido como tetra-lápis ele é encontrado na região amazônica, possuem os olhos pequenos quando comparamos com o resto do corpo, as barbatanas são transparentes com uma leve tonalidade azul clara.


Possui ainda um longo traço azul que vai do nariz até o final do corpo, terminando no meio da nadadeira caudal.


Descoberto por volta do ano de 2002, ele ainda é totalmente desconhecido no aquarismo nacional, há informações de que a espécie já está presente no continente Europeu e Asiático (Japão) e que os aquaristas de ambas regiões já tem conseguido até reproduzir a espécie, as poucas informações que conseguimos diz que o exemplar é pacífico e apenas os machos brigam entre si na disputa por território.


Nadam por todo aquário e comem de tudo, dando preferencia por alimentos vivos como artêmia, dáfnias, tubifex etc.


O PH ideal para a espécie é de 6.6, temperatura tropical, aquários com muitas plantas que criarão um sombreado natural onde o peixe poderá descansar, segundo alguns sites a forma de reprodução do peixe não difere das outras espécies de Hyphessobrycon.



Como todos os os outros peixes da família, sua criação não é difícil e assim pode ser indicado para aquaristas iniciantes, o difícil é encontra-lo para comprar.

Hyphessobrycon Luetkenii

Este membro da família dos caracídeos é encontrado nas bacias dos rios Uruguai e Paraguai,como também no rio Paraíba do Sul no estado do RJ.


Raramente é encontrado nas lojas de aquarismo, por este motivo não se sabe muito a respeito da espécie. Possui uma cor amarelo prateado mais acentuada no dorso que vai descendo até o ventre que é mais claro.

As nadadeiras caudais são transparentes com duas manchas vermelhas divididas por uma mancha negra que se estende da cauda até o meio do corpo do peixe, sua nadadeira dorsal e anal é levemente avermelhada.

Atingindo cerca de 7 cm quando adulto, este peixe gosta de aquários plantados com PH 6,6 a 6,8, temperatura tropical e DH de 2-15 dH. Na natureza eles se alimentam de tudo, desde pequenos vermes à algas e tudo o que encontrar pela frente, por isto o ideal é alimenta-los com alimentos vivos e flocados de boa qualidade para acentuar ainda mais a cor do peixe.


Como é raro no aquarismo, não se sabe nada sobre seus hábitos reprodutivos, embora se especula que seja parecido com os demais caracídeos. Os machos possuem o famoso “gancho” e as fêmeas são mais roliças e ligeiramente maior que eles.

Caso você tenha encontrado este peixe nas lojas e tenha conseguido reproduzi-lo, passe para nós suas experiências para divulgarmos para os demais aquaristas.

Cynolebias Boitonei

Peixe originário do região central do Brasil entre os estados de Goias e Brasília, ele é encontrado em poças que podem secar de forma temporária em certas épocas do ano.

Possui o corpo rosa-avermelhado com manchas azuis espalhadas por toda sua extensão, as nadadeiras dorsais e anais são longas e a nadadeira caudal é arredondada.

Pertencente a família dos Rivulídeos, este peixe cresce até os 3cm, o macho é mais colorido e tem as nadadeiras mais desenvolvidas que as fêmeas. O aquário ideal deve ter os seguintes parâmetros:

Água neutra;
PH 5.8 a 7.2
Temperatura entre os 20 a 28ºC
Iluminação suave e vegetação densa.

Ofereça com regularidade alimentos vivos e alimentos flocados de boa qualidade.

Utilizando Troncos

Você com certeza já viu os belíssimos aquários do mestre Amano, James Findley (imagem abaixo), Oliver Knott e outros grandes do aquapaisagismo mundial, eles utilizam como ninguém os belíssimos troncos nas suas montagens, troncos de forma e tamanhos variados que deixam os aquários ainda mais belos.

Nesta postagem vamos falar um pouco sobre como utilizar de maneira harmoniosa os troncos, eles são divididos em três categorias que são conhecidas como:
  • Branch Wood
  • Horn Wood
  • Jati Wood


Os troncos conhecidos como Branch Wood são conhecidos pelo formato irregular, curvados e muitos parecidos com raízes, são retirados de uma espécie de arvore conhecida como Manzanita.

São muito belos e quando bem utilizados, criam formas espetaculares no aquário, recobertos por musgos e outras plantas. Ele deve ser colocado no meio do aquário e deve-se evitar que as pontas encostem nos vidros, sejam laterais, frontal e traseiro.

Os troncos Horn Wood são menores e não possuem tantas ramificações como os Branchs, mas são também muito bonitos e podemos criar montagens espetaculares.

Ideal para quem tem muitas plantas no aquário e deseja incluir um tronco mas sem esconder as plantas.


Os troncos Jati Wood são menores, ideal para montagens pequenas onde o espaço é reduzido, como todos os outros você pode utilizar sua criatividade para deixar sua montagem mais bonita, colocando plantas, musgos, etc. para deixa-lo mais bonito.

Camarão Fantasma

O Macrobrachium jelskii é um camarão muito comum em lojas de aquário aqui em São Paulo, conhecido também como camarão fantasma ou camarão sossego, ele é encontrado em grande parte da América do Sul, os machos quando adulto chegam aos 4 cm de comprimento.

De temperamento pacifico, gosta de habitar em aquários com agua em torno dos 20 a 26.C, PH de 6.5 a 7 e iluminação branda. Não é aconselhável mantê-lo em aquários com peixes grandes, pois pode ser devorado facilmente por eles, com uma coloração transparente e algumas variações nas cores indo entre o marrom e preto ao amarelo-alaranjado.


É de fácil reprodução em cativeiro, caso o aquário esteja bem equilibrado e estabilizado ele poderá facilmente desovar no ambiente. Procure alimenta-lo bem e faça diversos esconderijos para que ele se sinta mais seguro.

Os ovos com cerca de 1,5 mm de diâmetro ficam armazenados no ventre da mãe e após cerca de 25 a 40 dias eles eclodem, os filhotes ficam no fundo se alimentando com o que acham no substrato, a taxa de sobrevivência é alta e caso sejam bem alimentados em pouco tempo você terá uma grande prole para criar.

É um animal muito ativo, sempre percorrendo todos os cantos do aquário em busca de alimentos e até de peixes que morrem, podem facilmente ser mantidos com outros peixes de porte semelhante e pacíficos e durante a noite os camarões ficaram ainda mais ativos.

Não são exigentes em relação a alimentação, comem desde algas, rações industrializadas etc. são verdadeiros faxineiros dos aquários, se alimentando de todos os restos que acharem, ideal para aquários com plantas de folhas grossas, onde ele irá ajudar no combate as algas.

Foto - Minoru Nagayama para - planeta invertebrado Brasil.com.br

Tetra Foguinho

Belíssimo peixe da família Characidae este peixe deixa qualquer aquaristas babando, com uma cor vermelho/cobreado ele se parece com pequenas brasas acessas no aquário.

Com tamanho máximo entre os 2,5 cm este tetra, também conhecido como Tetra foguinho ou Tetra Ember vive em cardumes e o ideal é mantê-los em um aquário com no mínimo 20 exemplares.


Encontrado na bacia do rio Araguaia, ele vive nas margens do rio em locais de águas calmas e com muita vegetação, é pacifico e gosta de nadar a meia altura no aquário, come de tudo e se você tiver condições de alimentá-los com alimentos vivos frequentemente, suas cores ficarão mais vibrantes.

Como a maioria dos tetras ele prefere água com PH ácido e temperatura tropical, a diferença sexual entre ambos é reconhecida pela cor mais forte dos machos e as fêmeas mais claras e maiores, elas gostam de desovar em plantas de folhas finas, não cuidam das crias, por este motivo devem ser removidos do aquário após a desova para não comer os ovos.

É ideal para aquários plantados onde criará um belo efeito ao nadar em grandes cardumes vermelhos criando um belo contraste com as plantas verdes ao fundo, evite coloca-lo com peixes grandes para que ele não vire petisco de luxo!
Indicado para aquaristas iniciantes já que é um peixe de fácil manutenção e não requer cuidados especiais na sua manutenção.

fotos - aquascaping kiev
seriouslyfish

Hyphessobrycon elachys

Este lindo caracídeo conhecido como tetra-véu é indicado para iniciantes devido a facilidade de criação, pacífico, é ideal para ser criado em grandes cardumes nos aquários plantados onde o peixe irá desfilar toda a sua beleza.
 
É uma das menores espécies de caracídeos, por isto um aquário de 50 litros já poderá abrigar um pequeno cardume, é um peixe muito ativo e os machos costumas ficar "medindo" forças nadando lado a lado com as nadadeiras abertas e as cores vibrantes.

Um aquário bem plantado e com iluminação moderada deixará o ambiente ideal para o peixe, a temperatura ideal é a tropical, ou seja, cerca de 28ºC, PH 6,5 e GH 8.


Estes peixes comem de tudo, busque oferecer alimentos vivos como artêmias, infusórios, dáfnias, etc. evite criar este peixe junto com espécies mais lentas ou com nadadeiras longas como Acarás Bandeira, Disco, Colisas entre outros, já que o peixe poderá mordisca-las e assim abrir caminho para infecções e outras doenças.

A diferença sexual entre macho e fêmea é fácil de ser observado, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos além de mais roliças, são peixes que não cuidam da prole, quando desovam se não forem removidos poderão comer todos os ovos, geralmente os alevinos eclodem após 48h.
 

Protozoários - Conheça este inimigo


Muitas vezes ao adquirirmos um belo exemplar que a tanto desejávamos, percebemos com o passar dos dias que o mesmo está um tanto apático e quieto, sem comer direito e rejeitando qualquer tipo de alimento, percebemos então que o peixe logo começa a definhar e morre.

Sem saber o que fazer o aquarista vê seu belo exemplar que pode ter custado caro morrer de uma hora para outra, o que pode ter acontecido?  Você irá se perguntar, isto pode ter sido a presença de agentes patogênicos conhecidos como Hexamita salmonis, hexamita truttae ou hexamita intestinalis.

Este protozoário é encontrado em qualquer espécie de peixe, e dependendo das condições o mesmo pode vir a desenvolver a doença, esta enfermidade é muito comum em ciclídeos, tais como Bandeiras, Discos, Oscar, etc.

Seus sintomas são bem visíveis, o peixe passa a rejeitar a alimentação ou tende a cuspi-la após tentar ingerir e isto leva ao definhamento do animal que desta forma fica mais propenso a novas enfermidades.

A transmissão desta doença se dá pelas fezes de outros animais doentes ou se desenvolve devido à baixa qualidade da água do aquário, má alimentação, estresses etc. por este motivo é muito importante que ao adquirir novos animais você os coloque em um período de quarentena antes de introduzi-los no aquário.

Para realizar o tratamento do animal infectado, devemos utilizar o Flagyl que é encontrado nas farmácias e drogarias, alguns aquaristas que já tiveram este problema indicam a seguinte dose:

¼ de um comprimido para tratar 40 litros de água do aquário de quarentena ou hospital;

Troca de 30% da água a cada dois dias por pelo menos 15 dias do tratamento;

Temperatura em torno dos 34.C;

Aeração constante e forte.


Existem no mercado duas opções de medicamentos que são importados e de ótima qualidade, porem de custo elevado que são o Metronidazol e Flagelol ambos da Seachem e Sera respectivamente.

Peckoltia Lineola

Para os amantes dos cascudos segue mais um belíssimo exemplar que pode habitar seu aquário, encontrado na região Amazônica e também na Venezuela, este peixe é pacífico e pode conviver muito bem com outros peixes, atingindo cerca de 15 cm de comprimento o P. Lineola costuma ficar escondido durante o dia em tocas e debaixo de troncos, por isso seu habitat deve possuir áreas onde o peixe possa ficar escondido e se sentir protegido.

Ao final do dia ele costuma ser mais ativo, procure alimenta-lo durante este período com alimentos para peixes de fundo e pedaços de carne como Tubifex, camarão fresco, etc. também come legumes e gosta de raspar o tronco caso a madeira for mole.


Tem-se noticia de que alguns aquaristas já conseguiram sua reprodução com certo sucesso, porem os detalhes ainda são desconhecidos. Os machos desenvolvem um tipo de espinho nas nadadeiras peitorais e na metade inferior do corpo assim como algumas cerdas atrás das guelras.


Os parâmetros da água são PH de 6.0 a 7,5, temperatura de 25 a 28C, este peixe requer altas doses de oxigenação na água talvez você seja obrigado a instalar alguns oxigenadores adicionais.

Ludwigia Repens

Esta belíssima planta é ideal para compor o fundo ou o meio do aquário, indicada para iniciantes ela é de fácil manutenção e quando bem cuidada e adaptada ao ambiente cria belíssimas moitas, densas e bem verdinhas, sob iluminação forte ela tende a ficar avermelhada criando um contraste incrível com as demais plantas.


O PH que ela melhor se adapta está entre os 6.0 a 7.8, temperatura dos 22ºC aos 28ºC, não é exigente em relação ao substrato fértil, mas se você tiver um substrato fértil ela ficará mais bela e com adição de CO² ela irá crescer de forma rápida e exuberante.


Pode atingir facilmente os 50 centímetros de comprimento, por isso caso seu aquário seja baixo, você deverá ficar atento as podas para que a planta não crie sombra sobre seu tronco, para fazer a poda não tenha dó, corte a planta na altura desejada e caso não tenha outro local para plantar, doe as mudas ou descarte no lixo, nunca jogue em um rio, lago ou represa, aja de forma responsável e evite um desequilíbrio ecológico.

Tetra Belém

A família Characidae é surpreendente e sempre nos trás belíssimas espécies que nos deixam loucos para ter em nossos aquários. O Moenkhausia eurystaenia ou Tetra Belém é mais um destes exemplares que você tem o dever de conhecer e se possível adquirir, embora seja de difícil localização nas lojas especializadas.
Encontrado na sempre surpreendente região da Amazônia Brasileira, Guiana e Suriname, este peixe vive em grandes cardumes, é pacifico e gosta de nadar a meia altura entre as plantas. Onívoro come de tudo e gosta de se alimentar também de pequenos vermes que encontra nos rios, como todo Caracídeo gosta de PH ácido, temperatura tropical cerca de 28ºC, água mole e vive cerca de 4 anos quando bem adaptado no aquário.
Possui belas cores e para que fique sempre com as cores vivas, ofereça alimentos vivos como artêmia que é rica em Caroteno e que irá auxiliar na coloração da espécie, as diferenças sexuais entre os peixes e quase a que é encontrada em todos os Caracídeos, os machos são ligeiramente menores que as fêmeas, coloração mais vibrante e o famoso “gancho” nas nadadeiras.
São peixes para viver em cardumes de 10 ou mais peixes, por este motivo tenha um aquário grande para que os peixes possam ter espaço suficiente para natação, são peixes ovíparos que não cuidam dos filhotes, as fêmeas liberam os ovos que após a fertilização pelos machos eclodirão em até 48hs.

O aquário deve ter muitas plantas para que a iluminação não incomode os peixes, crie áreas sombreadas e deixe espaço no meio para a natação, monitore sempre os parâmetros da agua para que não ocorram quedas bruscas que poderão matar os peixes, utilize um bom termostato para que a temperatura do aquário não sofra grandes variações que irão debilitar o peixe e deixa-lo propicio a doenças.

Montando um aquário Plantado sem CO2

Acontece que para ter sucesso é necessário certo grau de investimento, às vezes alto investimento, sabemos que muitas plantas necessitam de cuidados especiais, como iluminação correta, fertilização liquida ou nas raízes, CO2, substrato fértil, etc. e muitos aquaristas não possuem condições financeiras para arcar com tal investimento o que fazer?

Você pode montar um belo aquário apenas com plantas básicas que não são exigentes e com um baixo investimento ter um belo aquário plantado, são os chamados aquários Low Tech, ou seja, de baixa tecnologia.

Plantas baratas e fáceis de serem encontradas lhe proporcionarão material suficiente para você montar um belo layout, veja abaixo algumas das espécies muito utilizadas para aquário Low Tech, são plantas resistentes e fáceis de ser cultivado, porem em aquários Low Tech seu desenvolvimento será mais lento, visto que a quantidade de nutrientes necessários para seu desenvolvimento é reduzido.
Anubias Barteri – com estas plantas você pode montar layouts interessantes, a variedade anã desta planta permite belas montagens pois atingem tamanho reduzido e fica muito bonito quando está plantada entre pedras ou amarrada a troncos e fendas das rochas;
Microsorum – outra belíssima planta para criar ambientes deslumbrantes, você deve planta-la em troncos ou rochas e nunca enterrar suas raízes no chão para que não apodreçam e cause a perda da planta, prolifera com facilidade e forma moitas muito bonita no aquário;

Aponogeton  - existem diversas espécies desta planta que na grande maioria são de fácil manutenção, possuem uma beleza incrível como a Aponogeton Crispus  e podem ser utilizadas em aquários Low Tech, quando plantadas em substrato fértil seu desenvolvimento é mais rápido e seguindo algumas recomendações básicas podem até a vir florescer no aquário;
Amazonenses – esta planta requer um pouco mais de cuidado em relação às demais, mas nada de coisas mirabolantes se possível tenha uma iluminação mais forte e substrato fértil para que ela se desenvolva forte e bonita, em pouco tempo você terá moitas densas e floridas;
Musgos – vou falar apenas do musgo-de-java que eu já cultivei, é muito resistente e de fácil proliferação, dá um efeito lindo em cima de pedras ou troncos, dependendo das condições do aquário torna até praga, tomando todo o espaço que tiver vazio, existem variedades muito lindas de musgo, vale a pena dar uma conferida.

Existem ainda muitas outras plantas que você pode colocar em seu aquário Low tech, pesquise e monte um belíssimo plantado gastando pouco.