Acari, Acarí, Acari Bodó, Bodó, Bode Casa Velha, Cascudo Comum, Cascudo Abacaxi
Inglês: Amazon sailfin catfish, Commom pleco, L021, L023, Chocolate Pleco, Janitor Fish
Classe: Actinopterygii • Ordem: Siluriformes • Família: Loricariidae
Nome binomial: Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 1855)
Sinônimos: Liposarcus jeanesianus, Liposarcus varius, Liposarcus pardalis, Hypostomus pardalis
Grupo Aquário: Peixes gato (cat-fish), Cascudos, Peixes de fundo, Peixes Jumbo
América do Sul. Encontrado ao longo da Bacia do rio Amazonas.
Países: Brasil e Peru. Introduzido e estabelecido na Indonésia, Malásia, Singapura, Filipinas, Porto Rico e Estados Unidos.
Habitat: pode ser encontrado em uma grande variedade de habitats, desde águas estagnadas com baixo nível de oxigênio até águas rápidas com alto nível de OD. Pode ser encontrado em córregos em montanhas, rios de planícies e lagos.
Mapa por Discover Life
Demersal; água doce • pH: 6.0 – 8.0 • Dureza: 10 – 20 • Clima: tropical; 23°C – 30°C
Nota: esta espécie é tolerante a diversos parâmetros de água, porém, o ideal é mantê-lo em pH levemente ácido e temperatura tropical. Criado em fazendas nos EUA, onde o limite de tolerância da espécie foi pH variando entre 5.0 e 9.0 e dureza indiferente. Temperaturas baixas parecem ser letal para espécie.
43 cm (comum 35 cm) • Estimativa de vida: 10 anos
Aquário com dimensões mínimas de 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 litros) requerido. Esta espécie requer bastante espaço, dado o tamanho que podem atingir, contrário a outras espécies de Cascudos que costumam ser menores. Peixes adultos podem arrancar plantas involuntariamente. Deve-se criar diversos refúgios escuros para a espécie se acomodar.
É um dos maiores Cascudos que pode ser mantido em aquário comunitário com peixes pequenos ou grandes, mesmo espécies semi-agressivas. Bastante pacífico, é amplamente criado com peixes de grande porte (jumbos), porém, pode se tornar territorial com outros Cascudos, principalmente se não houver refúgios suficientes para abrigá-lo ou o aquário for pequeno.
Embora referido como peixe de fundo, possui a capacidade de respirar ar atmosférico durante períodos de seca, podendo frequentar ambiente com baixo nível de oxigênio.
Onívoro (essencialmente herbívoro/detritívoro). Em seu ambiente natural alimenta-se de detritos (sólidos amorfos), algas bentônicas, Fitoplâncton, secundariamente podem consumir vermes, larvas de insetos, ovos de peixes . Em cativeiro aceitará alimentos secos sem dificuldades, devendo ser fornecido regularmente alimentos de origem vegetal.
Ovíparo. Machos cavam tocas horizontais nas margens dos rios, com profundidade variando entre 120 a 150cm, que se estende para o fundo. Estas tocas são utilizadas como túneis de nidificação onde a fêmea irá depositar os ovos. Fêmeas podem liberar de 500 a 3000 ovos de uma só vez. Após a liberação dos ovos pela fêmea, o macho irá fertilizá-los e expulsará a fêmea da toca. O macho irá cuidar dos ovos até que as larvas estejam nadando livremente. O pico de reprodução da espécie é no verão, como ocorre com a maior parte dos peixes tropicais, porém, podem se reproduzir por diversos meses em determinados locais (Mendoza et al, 2009).
São amplamente reproduzidos em fazendas de peixes comerciais nos Estados Unidos e Extremo Oriente, sendo bastante comum no comércio de aquarismo.
Seu dimorfismo sexual é um tanto difícil, comparando a papila genital de peixes adultos, os machos apresentam este papila projetada, enquanto fêmeas é menos evidente e plano junto ao corpo. Outra característica é as fêmeas possuírem o ventre mais roliço que os machos.
Apresenta corpo de cor escura com padrão reticulado. Espécies do gênero Pterygoplichthys podem ser identificados a partir dos números de raios da nadadeira dorsal. Acima de 10 raios indica ser um Pterygoplichthys, enquanto um número menor de raios indica espécies de outros gêneros, incluindo espécies do gênero Hypostomus que são mais susceptíveis de serem confundidos com Pterygoplichthys.
Possuem raios duros em suas nadadeiras peitorais e dorsal, servindo como defesa contra predadores. Uma forma albina foi produzida em cativeiro e comumente é vendida como Cascudo Albino ou Cascudo Chocolate.
Esta espécie é facilmente confundida com Pterygoplichthys disjunctivus. O padrão no abdômen é a chave externa mais útil para identificá-los: P. pardalis tem um padrão de cores manchado, e P. disjunctivus tem um padrão vermiculado. Esta chave de identificação é a mais comum utilizada na identificação das duas espécies, mas acredita-se que existem espécimes híbridas, principalmente oriundos de fazendas de peixes formando os dois padrões apresentados, indiferente a espécie.
É importante notar que o termo “acari comum” é aplicado a várias espécies loricariídeos anódino, especialmente dos gêneros Pterygoplichthys e Hipostomus.
É uma espécie bastante tolerante a diversos parâmetros de água, podendo desenvolver uma gama de ácidos quando ocorrente em água alcalina. Comumente encontrado em água mole e ácida, adapta-se rapidamente a pH alcalino e água dura, além de ser altamente tolerante a águas poluídas. Não raramente podem ser encontrados em saídas de estações de tratamento de esgoto usando como refúgio térmico.
São considerados como peixes de “couro” e possuem uma camada bastante fina de muco epitelial externo, não suportando a presença de sal na água, podendo facilmente levá-lo a morte por desidratação devido a diferença osmótica criada.
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- Global Invasive Species DataBase
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Junho/2014
Colaboradores (collaboration): –
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