Poecilia wingei (casal). Fotografia: Mike
Nome: Poecilia wingei | Comp | Aqua | pH | Temp | |
Origem: Laguna de Los Patos, Venezuela | 4 cm | 30 L | 7.5 | 27°C |
**Nota do Editor: Este peixe NÃO é o guaruzinho ou qualquer outro peixinho que você encontrou naquele laguinho perto da sua casa. Embora parecidos, esta aqui é uma espécie existente somente na Venezuela. Por favor certifique-se que você realmente tem um Poecilia wingei (Endler's) antes de submeter um comentário para esta página!
O guppy de Endler (Poecilia wingei) é uma espécie endêmica da Venezuela. Os primeiros registros de sua descoberta datam do ano de 1907 e depois na década de 30. Mas as reais suspeitas de que pertenciam a uma espécie diferente da dos guppies mais tradicionais (Poecilia reticulata) começaram na década de 70, quando o homem cujo nome acabou fazendo parte da denotação popular da espécie (Dr. John Endler) os coletou. Depois de muitos estudos comparativos, a espécie ganhou seu nome formalmente em 2005.
De vários aspectos que foram usados para diferenciar as duas espécies, há alguns mais notáveis. As cores mais definidas e metalizadas, manchas mais horizontais e policromismo nos machos do Poecilia wingei, além de uma pequena estrutura que se projeta além da ponta do gonopódio, denominada "palpo gonopodial", são características ausentes nos guppies comuns. Outro fator comprovante é o afastamento distintivo, fenômeno que se caracteriza por uma grande diferença cromática entre populações de P. wingei e P. reticulata fisicamente próximas e pelas graduais semelhanças ocorrentes em populações cada vez mais distantes, mantendo, mesmo assim, as características diferenciais acima citadas. Uma curiosidade é que a variedade "black bar" (a originalmente coletada por Endler) apresenta características pertencentes tanto aos P. wingei quanto aos P. reticulata, fato que causa debates e teorias sobre uma provável variedade descendente de híbridos entre as duas espécies.
Em aquário, o guppy de Endler tem seus parâmetros praticamente iguais aos do guppy comum, porém preferem águas mais quentes, os machos crescem menos e as fêmeas têm um período de gravidez menor, além de não apresentarem na maioria das vezes a irritante tendência de devorar os próprios alevinos, se bem alimentados. Gostam de água levemente alcalina (7.2-7.5) e um pouco salobra, ficam melhores se mantidos em grupos (são mais sociáveis que o guppy comum), gostam de aquários bem plantados e sem muita corrente, apesar de, assim como seus primos, irem bem em praticamente qualquer ambiente. Lembrando que um aquário tampado é recomendado, já que podem vir a pular. São tão prolíficos quanto os reticulata, as fêmeas dão à luz de 4 a 20 filhotes, em média, a cada 19-23 dias. Pelo que pude observar, apesar da prolificidade, os machos não incomodam as fêmeas tão freqüentemente.
Por serem espécies tão semelhantes, a hibridização em aquário é muito fácil, o que torna a convivência de ambas em um mesmo aquário algo nada recomendável (criadores que as possuem muitas vezes preferem mantê-las em cômodos diferentes, para evitar acidentes envolvendo pulos em aquários/tanques alheios). Um fato de que todos os admiradores desse peixe devem estar cientes é que a maioria dos "Endler’s" vendidos no Brasil e em muitos outros países são, na verdade, híbridos. Criadores produzem híbridos (P. wingei x P. reticulata), pois ficam maiores, com barbatanas mais longas e padrões mais exóticos, sem praticamente a necessidade da seleção. Uma grande variabilidade de cores e formas de nadadeiras em uma mesma ninhada, ou seja, a falta do estabelecimento da linhagem, é um possível indicador de que se tratam de híbridos. Algumas linhagens de nadadeiras mais longas podem ser observadas em países como a Alemanha, mas não é confirmado se houve hibridismo em gerações passadas. Infelizmente, guppies de Endler "puros" ainda são extremamente raros no mercado aquarístico, mas com um pouco de esforço, esse quadro pode ser mudado.
De vários aspectos que foram usados para diferenciar as duas espécies, há alguns mais notáveis. As cores mais definidas e metalizadas, manchas mais horizontais e policromismo nos machos do Poecilia wingei, além de uma pequena estrutura que se projeta além da ponta do gonopódio, denominada "palpo gonopodial", são características ausentes nos guppies comuns. Outro fator comprovante é o afastamento distintivo, fenômeno que se caracteriza por uma grande diferença cromática entre populações de P. wingei e P. reticulata fisicamente próximas e pelas graduais semelhanças ocorrentes em populações cada vez mais distantes, mantendo, mesmo assim, as características diferenciais acima citadas. Uma curiosidade é que a variedade "black bar" (a originalmente coletada por Endler) apresenta características pertencentes tanto aos P. wingei quanto aos P. reticulata, fato que causa debates e teorias sobre uma provável variedade descendente de híbridos entre as duas espécies.
Em aquário, o guppy de Endler tem seus parâmetros praticamente iguais aos do guppy comum, porém preferem águas mais quentes, os machos crescem menos e as fêmeas têm um período de gravidez menor, além de não apresentarem na maioria das vezes a irritante tendência de devorar os próprios alevinos, se bem alimentados. Gostam de água levemente alcalina (7.2-7.5) e um pouco salobra, ficam melhores se mantidos em grupos (são mais sociáveis que o guppy comum), gostam de aquários bem plantados e sem muita corrente, apesar de, assim como seus primos, irem bem em praticamente qualquer ambiente. Lembrando que um aquário tampado é recomendado, já que podem vir a pular. São tão prolíficos quanto os reticulata, as fêmeas dão à luz de 4 a 20 filhotes, em média, a cada 19-23 dias. Pelo que pude observar, apesar da prolificidade, os machos não incomodam as fêmeas tão freqüentemente.
Por serem espécies tão semelhantes, a hibridização em aquário é muito fácil, o que torna a convivência de ambas em um mesmo aquário algo nada recomendável (criadores que as possuem muitas vezes preferem mantê-las em cômodos diferentes, para evitar acidentes envolvendo pulos em aquários/tanques alheios). Um fato de que todos os admiradores desse peixe devem estar cientes é que a maioria dos "Endler’s" vendidos no Brasil e em muitos outros países são, na verdade, híbridos. Criadores produzem híbridos (P. wingei x P. reticulata), pois ficam maiores, com barbatanas mais longas e padrões mais exóticos, sem praticamente a necessidade da seleção. Uma grande variabilidade de cores e formas de nadadeiras em uma mesma ninhada, ou seja, a falta do estabelecimento da linhagem, é um possível indicador de que se tratam de híbridos. Algumas linhagens de nadadeiras mais longas podem ser observadas em países como a Alemanha, mas não é confirmado se houve hibridismo em gerações passadas. Infelizmente, guppies de Endler "puros" ainda são extremamente raros no mercado aquarístico, mas com um pouco de esforço, esse quadro pode ser mudado.
Contribuído por Felipe Aoki Gonçalves
Esse Poecilídeo, oriundo da Venezuela, foi descoberto pelo canadense John A. Endler, de cujas mãos alguns exemplares chegaram indiretamente ao alemão Klaus Kallman do Aquário de Nova Iorque. Kallman os levou à Alemanha, de onde se difundiram pela Europa. Por mais incrível que pareça, o Poecilia Endler ou Guppy de Endler, como também é chamado, é mais conhecido na Europa que no Brasil. O Endler lembra um pouco o nosso Poecilia vivipara pelas manchas coloridas que possui na cauda e no corpo. Diferentemente do Poecilia vivipara, porém, que possui pintas coloridas apenas na cauda e em parte do corpo, o Poecilia Endlers tem colorido mais forte e distribuído por todo o corpo. No seu Habitat, a Laguna de Los Patos, na Venezuela, esse peixe vive em água alcalina a 27°C, mas segundo se diz, adapta-se facilmente a outros tipos de água e temperaturas. Quanto ao tamanho, ele é um pouco menor que o guppy, tanto fêmeas quanto machos.
Contribuído por Carlo Sandro de Oliveira Campos
Eu possuo um casal aqui em casa, um amigo meu conseguiu e tirou reproducão. Eles são extremamente dóceis. Crio eles num aquario médio. Eu tirei uma cria de 15 alevinos, eles são pequenininhos e convivem bem com guppys e platys.
Contribuído por Dyego Raphael de Carvalho Pletsch
Adquiri online 2 lotes de seis indivíduos cada (2 machos e 4 fêmeas) sendo que um lote foi para outro amigo também criador aqui de Fortaleza. Ao chegar, coloquei os mesmos em um aquário grande, em torno de 1 metro e meio, bem plantado e com oxigenação suficiente para uma saúdavel adaptação. No segundo dia após o recebimento, tive a primeira surpresa, nasceram alguns alevinos que até hoje continuam junto aos adultos sem nenhum problema. Trata-se de uma espécie bastante ágil e fértil, onde os machos cortejam as fêmeas o dia inteiro, e à noite também quando deixo a luz do aquário acessa. Suas cores realçam com o brilho da luz, tornando-a mais fortes e brilhantes.
Contribuído por Francenir Rodrigues
A criação desta espécie é bastante aconselhável para iniciantes. Trata-se de uma espécie nativa da Venezuela, num local conhecido como Lagunas de los Patos, onde se adapta bem às diversas temperaturas. Adoram alimentos vivos, como: microvermes, náuplios de artêmia, enquitréias, alimentos floculados, etc. Não são muito exigentes e vivem pacificamente quase em cardumes. Não precisa separar os alevinos recém nascidos, esses crescem no mesmo ambiente sem nenhum problema. Existem várias colorações para essa espécie.
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