Arraia Motoro
Potamotrygon motoro
Arraia Manchada, Arraia Pintada, Motoro Stingray, Ocellate Stingray
Potamotrygonidae
América do Sul: espalhada pela Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina
São animais ativos (é um peixe cartilaginoso, por isso está em constante movimento para que a respiração seja feita) mas calmos de difícil manutenção, sendo indicados apenas para aquaristas muito experientes. Tenha certeza de que realmente está preparado para cuidar desse peixe que pode viver por até 20 anos aproximadamente, exigindo uma boa manutenção e uma quantidade de comida consideravelmente maior do que para outros peixes do mesmo tamanho.
São peixes pacíficos com outras espécies, podendo haver agressividade entre machos. Não é aconselhável mantê-la com peixes agressivos, que possuem hábitos mordiscadores, tanques pequenos que dificultem seu desenvolvimento ou outros peixes de fundo em pouco espaço. Estes devem ser grandes o suficiente para não caberem na boca da Arraia Motoro, do contrário, correrão o risco de serem predados. Não que isso reflita na sua personalidade, mas essa espécie é uma predadora topo de cadeia, então encarará tudo que possa comer como alimento. É interessante evitar a introdução de peixes de fundo, pois competirão pelo espaço existente. Ciclídeos de porte médio à grande (Ciclídeos Chocolate, Bocas-de-Fogo, Carás, Acarás Bandeiras, Acarás Severos, Acarás Festivos etc.) e peixes de porte médio e rápidos (Barbos Conchônio, Barbos T, Barbos Sumatras, Tetras-do-Congo, Tetras Colombianos, Dânios Gigantes etc.) são boas escolhas como companheiros.
Sozinho, casal ou grupos
Fundo do Aquário
5.5 a 7.2
2 a 10
-
24 a 28 ºC
60 cm
Carnívoro e predador. Na natureza, sua dieta consiste basicamente de pequenos peixes e invertebrados encontrados no substrato. No aquário, devemos oferecer camarões, minhocas, moluscos diversos, larvas de tenébrios, pedaços de filé de peixe e demais alimentos congelados. É uma espécie que dificilmente aceita alimentos industrializados, mas uma vez adaptados, aceitarão sem problemas.
Possui um metabolismo muito rápido, devendo ser alimentada no mínimo 2 vezes por dia, o que necessitará de um investimento considerável por parto do aquarista em relação a obtenção de alimento. Não alimente com carne vermelha e frango, pois as mesmas possuem proteínas complexas que não são digeridas pelo peixe, se acumulando e causando degeneração celular. Pequenos peixes não são recomendados pois podem contaminar a arraia.
Espécie vivípara de fecundação interna e difícil de se reproduzir em aquários. O melhor a se fazer é manter um grupo de Arraias Motoro juvenis em um tanque de grandes proporções, em torno de 6 indivíduos para cada 5.000 litros. Conforme amadurecerem sexualmente (o que pode levar vários anos), os casais vão se formando naturalmente. Separá-los quando isso acontecer, tendo garantia de que a fêmea realmente está ovada, pois o macho é agressivo em suas investidas e se ela não estiver pronta, pode ser muito agredida (uma boa dica é separar o casal que tiver a fêmea maior que o macho).
Quando chegar a hora de reproduzir, o macho ficará perseguindo-a insistentemente, muitas vezes podendo mordiscar seu corpo, principalmente nas bordas do disco. O macho usará a boca para segurar e dominar a fêmea, fazendo com que seus ventres fiquem unidos um ao outro, repetindo o processo até que a tenha fecundado (usando o clásper para introduzir o sêmen na cloada da fêmea. O que ocorre rapidamente, e deverá ser confirmado facilmente pois o macho para de perseguir a fêmea assim que isso acontece. É importante ter tanques preparados para separá-los quando isso acontecer ou se não houver sucesso nas primeiras vezes, para que a fêmea se recupere de prováveis ferimentos.
A gestação leva em torno de 9 a 12 semanas para terminar, o que leva em conta fatores como qualidade da água e saúde da fêmea. É de extrema importância que ela seja muito bem alimentada durante toda a gestação, para que se mantenha saudável e gere crias também com muita saúde. Nas últimas semanas antes do nascimento, a fêmea fica com sua parte posterior inchada, roliça e é possível observar alguns movimentos dos filhotes dentro dela. Após nascerem completamente formados, a fêmea não costuma importuná-los, mas por segurança é melhor separá-los. Devido aos fluídos que saem junto com os filhotes do útero da mãe, a água fica turva, então é recomendável trocar uma quantidade significativa da água, em torno de 50%.
Após consumirem totalmente o conteúdo do saco vitelínico, o que leva em torno de uma semana, já podem ser alimentados com alimentos vivos e congelados, várias vezes ao dia. Como os pais, eles podem se negar de início a comer animais mortos (larvas de tenébrio, artêmias vivas etc), mas se misturarmos com vivos, com o tempo passam a aceitar sem problemas. Eles possuem um crescimento vigoroso e rápido se forem realizadas trocas constantes de água e receberam uma boa quantidade de alimentos.
Os machos possuem suas nadadeiras ventrais modificadas em aparelhos reprodutores chamados de clásper. Servem para segurar a fêmea durante a cópula e para inseminá-la (semelhante em função ao gonopódio nos poecilídeos)
Tamanho mínimo do aquário: 1.500 litros para um casal com tanque de no mínimo 250 cm de comprimento e 150 cm de largura, para que a espécie possa nadar sem problemas de espaço. Altura não é significativa para essa espécie, podendo ser qualquer valor a partir de 50 cm.
Quando adulto pode chegar aproximadamente até 60 cm de diâmetro do disco e 100 cm contando com a cauda.
São peixes de fundo que costumam se enterrar no substrato, por isso é muito importante que esse seja de areia muito fina, nº 000 ou "sugar size" que é finíssima e própria para arraias. Areia de filtro de piscina ou de construção previamente tratada (se não for muito bem peneirada) podem ser prejudiciais a esses peixes podendo machucá-los. A decoração não é algo essencial para essa espécie, mas ela apreciará uma água cor de chá leve e algumas folhas espalhadas pelo fundo. A qualidade da água deve sempre estar perfeita, com amônia e nitritos zerados, com TPAs frequentes. São particularmente muito sensíveis à amônia e à falta de oxigênio por isso seu aquário deve possuir um sistema de filtragem superdimensionado e muito bem oxigenado, preferencialmente com uma boa movimentação da água.
Sua cor também é muito variável, podendo variar do castanho claro, castanho escuro, cinza e negro, quase preto. Suas manchas que dão seu nome popular também variam em de padrão e de espessura dos círculos e das argolas, mas de forma geral o centro será claro e a extremidade será escura. Podem ou não ocorrer pintas ou pequenas manchas irregulares ao longo do corpo.
É um peixe perigoso que requer muita atenção durante seu manuseio e manutenção periódica do aquário (sifonagens, retirada da água dos vidros, TPA), pois ele possui um ferrão no topo da nadadeira dorsal que usa para se defender. Quando assustada ou intimidada, a arraia usa seu ferrão, que ao entrar no corpo da vítima, libera um veneno baseado em proteínas mais uma série de químicos que provocam como primeiro sinal uma dor muito intensa e degeneração celular (necrose no local atingindo), além de provocar uma dor excruciante, febre, náuseas e diarreia. Quando um acidente como esse acontecer, imediatamente mergulhar o local atingindo em água o mais quente que a pessoa suportar, pois isso desnatura as proteínas tóxicas (atenuando a necrose). Após isso procurar um médico urgentemente, não importando o quão grave for o ferimento.
É interessante lembrar que a cada 6 meses aproximadamente a arraia Motoro troca de ferrão, e esse, mesmo após ser descartado deve ser retirado do aquário com muito cuidado, pois seu veneno continua ativo por um certo período.
Por fim, ao contrário do que muitos aquaristas indicam, peixes vivos não são o melhor alimento para Arraias Motoro, pois não fornecem todos os nutrientes necessários e, principalmente, são potenciais agentes transmissores de doenças, já que é impossível ter controle sobre eles para saber sua procedência e se estão saudáveis internamente. Muito mais seguro e eficaz do que isso são camarões vivos ou congelados (tanto de água doce como marinhos), filés de peixes cortados em tiras, mexilhões frescos, demais moluscos, artêmias adultas, larvas de tenébrio comum e de tenébrio gigante, minhocas adultas (são muito bem aceitas pois são atrativas e ficam no substrato), blocos de tubifex e bloodworms unidos com gelatina incolor e, depois de adaptados, ração para peixes carnívoros de boa qualidade, preferencialmente de cores chamativas de forte odor de pescado. É conveniente ao aquarista iniciar uma criação própria de pelo menos um desses alimentos afim de evitar tantos gastos com comida.
Potamotrygon motoro
Arraia Manchada, Arraia Pintada, Motoro Stingray, Ocellate Stingray
Potamotrygonidae
América do Sul: espalhada pela Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina
São animais ativos (é um peixe cartilaginoso, por isso está em constante movimento para que a respiração seja feita) mas calmos de difícil manutenção, sendo indicados apenas para aquaristas muito experientes. Tenha certeza de que realmente está preparado para cuidar desse peixe que pode viver por até 20 anos aproximadamente, exigindo uma boa manutenção e uma quantidade de comida consideravelmente maior do que para outros peixes do mesmo tamanho.
São peixes pacíficos com outras espécies, podendo haver agressividade entre machos. Não é aconselhável mantê-la com peixes agressivos, que possuem hábitos mordiscadores, tanques pequenos que dificultem seu desenvolvimento ou outros peixes de fundo em pouco espaço. Estes devem ser grandes o suficiente para não caberem na boca da Arraia Motoro, do contrário, correrão o risco de serem predados. Não que isso reflita na sua personalidade, mas essa espécie é uma predadora topo de cadeia, então encarará tudo que possa comer como alimento. É interessante evitar a introdução de peixes de fundo, pois competirão pelo espaço existente. Ciclídeos de porte médio à grande (Ciclídeos Chocolate, Bocas-de-Fogo, Carás, Acarás Bandeiras, Acarás Severos, Acarás Festivos etc.) e peixes de porte médio e rápidos (Barbos Conchônio, Barbos T, Barbos Sumatras, Tetras-do-Congo, Tetras Colombianos, Dânios Gigantes etc.) são boas escolhas como companheiros.
Sozinho, casal ou grupos
Fundo do Aquário
5.5 a 7.2
2 a 10
-
24 a 28 ºC
60 cm
Carnívoro e predador. Na natureza, sua dieta consiste basicamente de pequenos peixes e invertebrados encontrados no substrato. No aquário, devemos oferecer camarões, minhocas, moluscos diversos, larvas de tenébrios, pedaços de filé de peixe e demais alimentos congelados. É uma espécie que dificilmente aceita alimentos industrializados, mas uma vez adaptados, aceitarão sem problemas.
Possui um metabolismo muito rápido, devendo ser alimentada no mínimo 2 vezes por dia, o que necessitará de um investimento considerável por parto do aquarista em relação a obtenção de alimento. Não alimente com carne vermelha e frango, pois as mesmas possuem proteínas complexas que não são digeridas pelo peixe, se acumulando e causando degeneração celular. Pequenos peixes não são recomendados pois podem contaminar a arraia.
Espécie vivípara de fecundação interna e difícil de se reproduzir em aquários. O melhor a se fazer é manter um grupo de Arraias Motoro juvenis em um tanque de grandes proporções, em torno de 6 indivíduos para cada 5.000 litros. Conforme amadurecerem sexualmente (o que pode levar vários anos), os casais vão se formando naturalmente. Separá-los quando isso acontecer, tendo garantia de que a fêmea realmente está ovada, pois o macho é agressivo em suas investidas e se ela não estiver pronta, pode ser muito agredida (uma boa dica é separar o casal que tiver a fêmea maior que o macho).
Quando chegar a hora de reproduzir, o macho ficará perseguindo-a insistentemente, muitas vezes podendo mordiscar seu corpo, principalmente nas bordas do disco. O macho usará a boca para segurar e dominar a fêmea, fazendo com que seus ventres fiquem unidos um ao outro, repetindo o processo até que a tenha fecundado (usando o clásper para introduzir o sêmen na cloada da fêmea. O que ocorre rapidamente, e deverá ser confirmado facilmente pois o macho para de perseguir a fêmea assim que isso acontece. É importante ter tanques preparados para separá-los quando isso acontecer ou se não houver sucesso nas primeiras vezes, para que a fêmea se recupere de prováveis ferimentos.
A gestação leva em torno de 9 a 12 semanas para terminar, o que leva em conta fatores como qualidade da água e saúde da fêmea. É de extrema importância que ela seja muito bem alimentada durante toda a gestação, para que se mantenha saudável e gere crias também com muita saúde. Nas últimas semanas antes do nascimento, a fêmea fica com sua parte posterior inchada, roliça e é possível observar alguns movimentos dos filhotes dentro dela. Após nascerem completamente formados, a fêmea não costuma importuná-los, mas por segurança é melhor separá-los. Devido aos fluídos que saem junto com os filhotes do útero da mãe, a água fica turva, então é recomendável trocar uma quantidade significativa da água, em torno de 50%.
Após consumirem totalmente o conteúdo do saco vitelínico, o que leva em torno de uma semana, já podem ser alimentados com alimentos vivos e congelados, várias vezes ao dia. Como os pais, eles podem se negar de início a comer animais mortos (larvas de tenébrio, artêmias vivas etc), mas se misturarmos com vivos, com o tempo passam a aceitar sem problemas. Eles possuem um crescimento vigoroso e rápido se forem realizadas trocas constantes de água e receberam uma boa quantidade de alimentos.
Os machos possuem suas nadadeiras ventrais modificadas em aparelhos reprodutores chamados de clásper. Servem para segurar a fêmea durante a cópula e para inseminá-la (semelhante em função ao gonopódio nos poecilídeos)
Tamanho mínimo do aquário: 1.500 litros para um casal com tanque de no mínimo 250 cm de comprimento e 150 cm de largura, para que a espécie possa nadar sem problemas de espaço. Altura não é significativa para essa espécie, podendo ser qualquer valor a partir de 50 cm.
Quando adulto pode chegar aproximadamente até 60 cm de diâmetro do disco e 100 cm contando com a cauda.
São peixes de fundo que costumam se enterrar no substrato, por isso é muito importante que esse seja de areia muito fina, nº 000 ou "sugar size" que é finíssima e própria para arraias. Areia de filtro de piscina ou de construção previamente tratada (se não for muito bem peneirada) podem ser prejudiciais a esses peixes podendo machucá-los. A decoração não é algo essencial para essa espécie, mas ela apreciará uma água cor de chá leve e algumas folhas espalhadas pelo fundo. A qualidade da água deve sempre estar perfeita, com amônia e nitritos zerados, com TPAs frequentes. São particularmente muito sensíveis à amônia e à falta de oxigênio por isso seu aquário deve possuir um sistema de filtragem superdimensionado e muito bem oxigenado, preferencialmente com uma boa movimentação da água.
Sua cor também é muito variável, podendo variar do castanho claro, castanho escuro, cinza e negro, quase preto. Suas manchas que dão seu nome popular também variam em de padrão e de espessura dos círculos e das argolas, mas de forma geral o centro será claro e a extremidade será escura. Podem ou não ocorrer pintas ou pequenas manchas irregulares ao longo do corpo.
É um peixe perigoso que requer muita atenção durante seu manuseio e manutenção periódica do aquário (sifonagens, retirada da água dos vidros, TPA), pois ele possui um ferrão no topo da nadadeira dorsal que usa para se defender. Quando assustada ou intimidada, a arraia usa seu ferrão, que ao entrar no corpo da vítima, libera um veneno baseado em proteínas mais uma série de químicos que provocam como primeiro sinal uma dor muito intensa e degeneração celular (necrose no local atingindo), além de provocar uma dor excruciante, febre, náuseas e diarreia. Quando um acidente como esse acontecer, imediatamente mergulhar o local atingindo em água o mais quente que a pessoa suportar, pois isso desnatura as proteínas tóxicas (atenuando a necrose). Após isso procurar um médico urgentemente, não importando o quão grave for o ferimento.
É interessante lembrar que a cada 6 meses aproximadamente a arraia Motoro troca de ferrão, e esse, mesmo após ser descartado deve ser retirado do aquário com muito cuidado, pois seu veneno continua ativo por um certo período.
Por fim, ao contrário do que muitos aquaristas indicam, peixes vivos não são o melhor alimento para Arraias Motoro, pois não fornecem todos os nutrientes necessários e, principalmente, são potenciais agentes transmissores de doenças, já que é impossível ter controle sobre eles para saber sua procedência e se estão saudáveis internamente. Muito mais seguro e eficaz do que isso são camarões vivos ou congelados (tanto de água doce como marinhos), filés de peixes cortados em tiras, mexilhões frescos, demais moluscos, artêmias adultas, larvas de tenébrio comum e de tenébrio gigante, minhocas adultas (são muito bem aceitas pois são atrativas e ficam no substrato), blocos de tubifex e bloodworms unidos com gelatina incolor e, depois de adaptados, ração para peixes carnívoros de boa qualidade, preferencialmente de cores chamativas de forte odor de pescado. É conveniente ao aquarista iniciar uma criação própria de pelo menos um desses alimentos afim de evitar tantos gastos com comida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário