quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Altolamprologus calvus

Altolamprologus calvus  , Kapampa (var. black)
 Altolamprologus calvus , Kapampa (var. black)


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Endémico da zona sudoeste do lago entre Kapampa (Congo) e Cape Chaitika na Zambia
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Flocos, granulado e alimentos vivos.
Dimorfismo Sexual:
Os machos são maiores e apresentam as Barbatanas maiores que as fêmeas.
Tamanho Máximo:
Machos atingem cerca de 15 cms e as fêmeas 12 cms.
Comportamento:
São peixes muito interessantes pelas suas características físicas. Normalmente não importunam nem são importunados. São conhecidos por predarem peixes pequenos e alevins de outras espécies.
Reprodução:
Por apresentarem um crescimento lento , só chegam à maturidade sexual após 2 anos de vida. Na altura da reprodução colocam mais de 100 ovos no substrato. Esses ovos são guardados pelo casal e eclodem após 4 dias. Os alevins são minúsculos e têm um crescimento muito lento.
Tamanho mínimo do aquário:
200 litros.
Outras Informações:
Existem populações de variedade black, white e yellow.
Autor:
Carlos Valentim
Última Actualização:
2011-02-07
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/altolamprologus-calvus-f168.html

Julidochromis dickfeldi

Julidochromis dickfeldi
 Julidochromis dickfeldi


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Endémico da zona sul do lago, entre Kapampa (Congo) e Ndole (Zâmbia).
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
São peixes omnívoros que facilmente se adaptam à alimentação em cativeiro. Preferem tipicamente comida congelada (mysis, krill, tanganyika mix, artémia, etc). Também gostam de flocos e granulados, sendo os flocos os menos apreciados.
Dimorfismo Sexual:
Muito dificil de distinguir o sexo nesta espécie. Mais até do que em todas as outras espécies de Julidochromis. Existem teorias acerca da forma das barbatanas e também relativamente ao tamanho dos individuos em adultos que tal como em outras espécies do genero sugerem que as fêmeas ficam maiores. No entanto nesta espécie dificilmente se pode sexar com o mesmo grau de certeza. Mesmo em adultos.
Tamanho Máximo:
Em adultos atingem cerca de 10 cms sendo uma espécie de tamanho intermédio dentro do genero.
Comportamento:
Um pouco à imagem de todas as suas congeneres é uma espécie agressiva e que defende vorazmente o seu espaço. O cuidado na escolha de companheiros é importante e deverá sempre ser levado em conta.
Reprodução:
Reproduzem com facilidade embora existam menos relatos de reproduções comparativamente a outras espécies de Julidochromis.
Tamanho mínimo do aquário:
Para manter apenas um casal um aquário de 100 litros é suficiente. Em aquários comunitários devemos proporcionar-lhes espaço para estabelecerem um territorio onde não sejam incomodadas para evitar agressões mutuas.
Outras Informações:
Esta espécie poderá em breve ser reclassificada e "cair" dentro do genero Chalinochromis dadas as suas parecenças com este genero, mais até do que com as restantes espécies de Julidochromis. Uma evolução a acompanhar com atenção e interesse devido à polémica que tem sido gerada em torno desta espécie.
Autor:
Nelson Oliveira
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/julidochromis-dickfeldi-f79.html

Asprotilapia leptura

Asprotilapia leptura  , Zâmbia
 Asprotilapia leptura , Zâmbia


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Pode ser encontrada por todo o lago, à excepção da costa do Burundi. As populações encontradas nas águas pertencentes à Zâmbia apresentam como característica reflexos roxos.
Características da água:
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC
Alimentação:
No seu habitat natural as Asprotilapias alimentam-se de algas que extraem das rochas por isso devemos fornecer alimentação para peixes herbívoros, qualquer tipo de flocos ou granulado indicado para Tropheus ou Mbunas serve para esta espécie.
No lago Tanganyika são uma espécie única no que diz respeito à maneira como se alimentam e têm a particularidade de ter a boca posicionada para baixo, algo semelhante aos Labeotropheus do Lago Malawi. Desta forma conseguem-se alimentar junto e de forma paralela ás rochas.
Um estudo efectuado aos intestinos de 220 exemplares adultos selvagens revelou os seguintes resultados:
48 % algas filamentosas
52 % algas unicelulares
0 % crustáceos, larvas de insecto, detritos, areia.

Tendo em conta estes indicadores nunca é demais frisar que devemos ter muita atenção à comida que fornecemos a peixes desta espécie.
É exactamente devido à falta de conhecimento sobre a alimentação das Asprotilapias que muitas vezes os aquariofilistas não a conseguem manter durante longos períodos de tempo, os animais acabam por sucumbir simplesmente devido à má nutrição.
Dimorfismo Sexual:
Praticamente inexistente, quando adultos o macho fica maior e tem o corpo mais alongado, a fêmea fica um pouco mais pequena.
Tamanho Máximo:
Tanto macho e fêmea podem atingir cerca de 11cm.
Comportamento:
O mais aconselhável é adquirir um grupo em redor de quatro exemplares, esperar a formação do casal e retirar os restantes! 120cm é suficiente para o número de peixes referido. Mesmo comprando um macho e uma fêmea não é garantida a formação de casal e podemos acabar com um dos indivíduos morto devido à agressividade intra-especifica.
É uma espécie algo sensível e não é necessário existir agressão extrema para que morram simplesmente devido ao stress caso sofram perseguições constantes da parte de um peixe dominante.
Na natureza são peixes que vivem no habitat rochoso, normalmente avistados nos grandes "boulders". Em termos de profundidade nadam em águas que variam entre um a dez metros.
Em aquário para se manter a espécie nas condições ideais deve-se colocar bastante rochas, se possível grandes, altas e longas uma vez que é exactamente este tipo de habitat que frequentam.
A minha experiência com esta espécie foi em um aquário mono-espécie e como tal não posso afirmar qual será a mais indicada, posso apenas supor que os Tanganicodus podem ser uma boa companhia, por não serem tão agressivos e agitados como os Tropheus.
Apesar de existir quem mantenha Asprotilapias com outras espécies "não-herbívoras" inclusive com sucesso em reproduções não é de todo aconselhável uma vez que a longo prazo o mais provável é os animais sucumbirem.
Outra opção será "sujeitar" os companheiros de aquário a uma alimentação herbívora, neste caso podemos optar por Paracyprichromis, Cyprichromis ou Xenotilapias.
Reprodução:
Incubadores bocais bi-parentais.
Na natureza antes de criarem um macho e uma fêmea separam-se do grupo e iniciam o patrulhamento um pequeno território em jeito de preparativo.
Durante a reprodução a fêmea liberta alguns ovos de cada vez que posteriormente são fertilizados pelo macho.
Inicialmente é a fêmea que incuba os ovos, por volta da terceira semana a fêmea transfere parcialmente ou todas as crias para o macho. Durante este período o casal mantém-se junto e quando as crias são libertadas tanto macho como fêmea ajudam na protecção da sua prol. No lago é normal os casais manterem as crias por perto durante várias semanas e é comum protegerem-nas mesmo sendo estas já relativamente grandes.
Em aquário a postura normalmente ocorre da mesma forma, também feita na areia.
Tamanho mínimo do aquário:
Caso a ideia seja comprar um macho e uma fêmea para um mono-espécie, 100cm é o suficiente para tentar a formação do casal no entanto deve-se ter sempre em conta que pode não resultar.
Para um grupo de de três a cinco exemplares com o intuito de formar um casal e retirar os restantes, 120cm é o ideal.
Se o objectivo for manter esta espécie em condições semelhantes à natureza então deve-se apostar num grupo de 8 a 10 exemplares para ficar com 3 casais, o aquário nunca deve ser inferior a 150cm, o ideal será 200cm
http://www.ciclideos.com/asprotilapia-leptura-f305.html

Altolamprologus compressiceps

Altolamprologus compressiceps  , Kasanga (var. gold)
 Altolamprologus compressiceps , Kasanga (var. gold)


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Existem várias populações espalhadas por todo o Lago.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Espécie omnívora em aquário apreciam particularmente comida congelada. São também excelentes predadores pelo que a manutenção de peixes alevins/juvenis no mesmo aquário pode ser arriscada.
Dimorfismo Sexual:
Nos primeiros 2 anos de vida a distinção é praticamente impossível. A partir daí os machos começam a crescer um pouco mais depressa do que as fêmeas ficando com o corpo mais alto e com a testa mais vincada. As fêmeas ficam mais pequenas e com o corpo mais alongado. Ficam também com o abdómen mais redondo.
Tamanho Máximo:
Machos atingem os 15 cms e as fêmeas cerca de 12 cms.
Comportamento:
São peixes muito interessantes pela sua especificidade. Tipicamente não importunam nem são importunados. Apenas se lançam a peixes pequenos para predar ou a peixes maiores para defesa de território. Quando por algum motivo são atacados não fogem limitando-se a dar o flanco numa atitude quase provocatória visto que as suas escamas são extremamente duras fazendo lembrar uma camada óssea. Esta é a principal razão para o seu crescimento tão lento.
Reprodução:
Em termos reprodutivos esta espécie actua como o comum depositor de ovos. A fêmea escolhe um local para desovar junto ao solo e o macho fica normalmente à entrada desse mesmo buraco. Lança o seu esperma a partir da entrada e com as barbatanas empurra par dentro da toca fertilizando deste modo os ovos previamente depositados pela fêmea. Ambos os pais tomam conta da desova sendo bastante protectores, principalmente a mãe. Dada a dificuldade em fazer crescer os alevins (demoram uma eternidade a atingirem 2 cms) é conveniente que sejam separados para uma maternidade por forma a crescerem calmamente.
Tamanho mínimo do aquário:
Um casal pode ser mantido em 100 litros.
Autor:
Nelson Oliveira
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/altolamprologus-compressiceps-f84.html

Julidochromis ornatus

Julidochromis ornatus  , Zâmbia
 Julidochromis ornatus , Zâmbia


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Existem várias populações que podem ser encontradas ao longo do Lago Tanganyika, entre elas temos as mais conhecidas: Isanga, Kasakalawe, Sumbu, Kasenga, Zâmbia e Uvira.
Características da água:
PH: 8.0 – 9.2
GH: 8 à 18
Temperatura: 23 à 27ºC
Alimentação:
São Omnívoros. Na natureza alimentam-se principalmente de crustáceos, larvas de insetos e moluscos encontrados nas fendas rochosas. Também ingerem partículas de areia, bem como algas filamentosas e de diatomáceas. Uma dieta no aquário pode incluir camarão mysis, larvas de mosquito, dáfnias, plâncton, assim como flocos de alta qualidade e pellets, e até rações de granulometria menor que as tradicionais. Preferem alimentos com maior teor proteico.
Dimorfismo Sexual:
São muito difíceis de distinguir, sendo os machos maiores do que as fêmeas. Fazendo-se uma observação por cima dos exemplares, as fêmeas são mais encorpadas e com a região ventral mais larga.
Tamanho Máximo:
Os machos crescem até 7 cm enquanto as fêmeas ficam com apenas 5 cm.
Comportamento:
Seguindo as características do género Julidochromis, são peixes agressivos, porém, não muito territoriais já que gostam de passear por todo aquário. Não toleram a entrada ou permanência de mais que um macho em menos 100L. São muito agressivos com as outras espécies do mesmo género ou de colorações e corpos semelhantes como a espécie Telmatochromis. Costumam atacar espécies menores e recém inseridas no aquário.
Reprodução:
São ovíparos. De fácil reprodução em aquário, bastando para isso um aquário de apropriado, com muitas rochas, fendas e parâmetros adequados. Depositam os ovos num buraco por debaixo de uma pedra ou por entre as rochas. As desovas podem variar entre os 20 e os 40 ovos, ambos os progenitores guardam a prole, não há necessidade de separar os filhos dos progenitores, mesmo depois de nova desova, mas quando os jovens atingem cerca dos 2 cm vão ser expulsos pelos progenitores e caso o aquário não tenham mais de 80 cm devem ser retirados para se evitar agressões mais graves da parte dos pais.
Os recém-nascidos podem ser alimentados com comida seca em pó para alevinos ou ovos de artêmia sem cascas.
Tamanho mínimo do aquário:
Aquário de 60 litros para um casal sozinho, e a partir de 100 litros para um comunitário.
http://www.ciclideos.com/julidochromis-ornatus-f263.html

Julidochromis marlieri

Julidochromis marlieri
 Julidochromis marlieri


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Tem uma distribuição descontinua, ocorrendo na parte norte do lago, entre Kigoma (Tanzania) e Cap Tembwe (Congo) e também ao longo da costa sudeste entre Gombe (Zambia) e Kala (Tanzania).
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
São peixes omnívoros que facilmente se adaptam à alimentação em cativeiro. Preferem tipicamente comida congelada (mysis, krill, tanganyika mix, artémia, etc). Também gostam de flocos e granulados, sendo os flocos os menos apreciados.
Dimorfismo Sexual:
Quando adultos a femea é mais corpulenta que o macho, ficando mais larga e mais comprida. O crescimento em juvenil serve também para ajudar à distinção dado que as fêmeas crescem bastante mais depressa.
Tamanho Máximo:
Uma das maiores espécies dentro do género podem atingir os 12/13 cms sendo as fêmeas maiores que os machos
Comportamento:
Como qualquer outra Julidochromis esta espécie é bastante agressiva principalmente em época de acasalamento. São territoriais e visto que são corpulentas podem tornar-se elementos complicados num aquário comunitário. Devido a este factor as J.marlieri deverão ter como companheiros peixes robustos e a sua mistura com conchiculas é desaconselhada. Um facto para o qual deveremos ter atenção prende-se com as alterações no layout do aquário. Estas não costumam trazer bons resultados pois quase sempre resultam na quebra dos laços do casal e dificilmente se voltam a entender podendo mesmo originar a morte de um deles pelo o outro, normalmente o macho. Como tal depois de formado um casal é de todo desaconselhado mexidas nos seus territórios. A melhor forma para seleccionar um casal é adquirir um grupo de jovens e esperar que se forme o casal. Depois deverão ser retirados todos os peixes excendentários.
Reprodução:
Peixes extremamente prolifero no que toca a reproduzir. Num aquário com um casal reprodutor é normal verem-se constantemente "fornadas" de alevins a aparecer. As ninhadas não são muito grandes mas são constantes o que torna bastante interessante o seu comportamento já que os irmãos mais velhos protegem os pequenitos que vão nascendo formando-se assim um belo grupo de peixinhos para todos os tamanhos. Os pais escolhem a preceito o local da desova sendo quase impossível sabermos ao certo onde estão colocados os ovos, tão pouco conseguimos observa-los...a menos que levantemos as rochas, prática que não deve ser levada a cabo sob pena dos os progenitores se desentenderem.
Tamanho mínimo do aquário:
Para manter apenas um casal um aquário de 100 litros é suficiente. Em aquários superiores a 100cm de frente podem ser mantidos com um casal de Neolamprologus do complexo dos brichardi, onde se podem observar "schools" formadas por alevins das duas espécies.
Outras Informações:
Aquando da compra desta espécie devemos estar certos do que estamos a comprar pois são facilmente confundidos com outra espécie do mesmo genero: Julidochromis transcryptus "Gombe". Outro factor a ter em conta é que nunca no mesmo aquário deveremos manter mais do que uma espécie do género Julidochromis sob risco de hibridação, com prejuízo das outras espécies menos agressivas.
Autor:
Nelson Oliveira
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/julidochromis-marlieri-f78.html

Julidochromis regani

Julidochromis regani
 Julidochromis regani


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Tem uma distribuição descontinua. Ocorre em Bujumbura e Nyanza Lac (Burundi), em Kigoma, Msalaba em Kipili (Tanzania), Kalemie (Congo) e Cameron Bay (Zambia)
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
São peixes omnívoros que facilmente se adaptam à alimentação em cativeiro. Preferem tipicamente comida congelada (mysis, krill, tanganyika mix, artémia, etc). Também gostam de flocos e granulados, sendo os flocos os menos apreciados.
Dimorfismo Sexual:
Peixes muito complicados de distinguir. Tipicamente em adultos a fêmea é mais corpulenta que o macho, ficando mais larga quando vista de cima. Antes de atingirem a idade adulta é praticamente impossível a sua distinção pois mesmo a nível comportamental ambos os sexos são bastante agressivos dentro do género Julidochromis.
Tamanho Máximo:
10cms para os machos ficando as fêmeas um pouco maiores. Existe uma população que atinge os 20cm na natureza, mas nas populações mais comuns o seu comprimento máximo em aquário ronda os 13cm.
Comportamento:
Espécie agressiva, principalmente em época de acasalamento, o que é praticamente uma constante depois de formado um casal. Guardam uma área não muito grande e não são muito protectores das ninhadas mais velhas preocupando-se mais com a guarda da sua última ninhada. Não existindo um controlador populacional (p.e. Altolamprologus, Eretmodus) facilmente um casal de Julies ocupa por completo um aquário sendo que este facto pode trazer dificuldades caso queiramos manter outras espécies. Um facto para o qual deveremos ter atenção prende-se com as alterações no layout do aquário. Estas não costumam trazer bons resultados pois quase sempre resultam na quebra dos laços do casal e dificilmente se voltam a entender podendo mesmo originar a morte de um deles pelo o outro, normalmente o macho. Como tal depois de formado um casal é de todo desaconselhado mexidas nos seus territórios.
Reprodução:
Peixes extremamente prolifero no que toca a reproduzir. Num aquário com um casal reprodutor é normal verem-se constantemente "fornadas" de alevins a aparecer . As ninhadas não são muito grandes mas são muito constantes o que torna bastante interessante o seu comportamento já que os irmãos mais velhos protegem os pequenitos que vão nascendo formando-se assim um belo grupo de peixinhos para todos os tamanhos. Os pais escolhem a preceito o local da desova sendo quase impossível sabermos ao certo onde estão colocados os ovos, tão pouco conseguimos observa-los...a menos que levantemos as rochas, prática que não deve ser levada a cabo.
Tamanho mínimo do aquário:
Para manter apenas um casal um aquário de 100 litros (80x30x40) é suficiente. Em aquários superiores a 100cm de frente podem ser mantidos com um casal de Neolamprologus do complexo dos brichardi, onde se pode observar “schools” formadas por alevins das duas espécies.
Outras Informações:
Aquando da compra desta espécie devemos estar certos do que estamos a comprar pois são facilmente confundidos com outra espécie do mesmo genero: Julidochromis Marlieri Katoto. As Julies Regani tendem a crescer bastante mais o que pode trazer problemas futuros se o aquário não tiver a litragem suficiente para as albergar. Outro factor a ter em conta é que nunca no mesmo aquário deveremos manter mais do que uma espécie do género Julidochromis sob risco de hibridação, com prejuízo das outras espécies menos agressivas, tirando os Julidochromis dickfeldi, que são muito mais agressivos que os J. regani.
Autor:
José Bentes e Nelson Oliveira
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/julidochromis-regani-f25.html

Neolamprologus brichardi

Neolamprologus brichardi
 Neolamprologus brichardi


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Tem uma distribuição desconinua e ao longo de todo o lago. Certas bolsas de populaões podem ser espécies distintas.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Não tem qualquer dificuldade alimentá-los, aceita todo o tipo de alimentos, desde spirulina, camarões, artémia, flocos, granulado, só não é muito aconselhável é dar-lhe muitas vezes larva de mosquito.
Dimorfismo Sexual:
Os machos ficam maiores e com as barbatanas mais alongadas.
Tamanho Máximo:
O macho pode chegar a medir 10 cm, no entanto a fêmea fica pelos 8 cm.
Comportamento:
Territorial e muito agressivo, sobretudo na altura de reprodução.
Reprodução:
Fácil de reproduzir, uma vez formado um casal, a fêmea inicia a limpeza de uma cova para depositar os ovos. Após 48 a 72 horas da fertilização dos ovos, nascerão os alevins. Nesta fase os pais serão muito territoriais. Aos 3 dias de idade, vê-se sair os alevins do local de nascimento e andarão a picar algumas algas. Quando os alevins crescem ajudarão os progenitores a guardar o território.
Tamanho mínimo do aquário:
Em aquário a partir dos 100 litros, o aquário deverá ser decorado com muita rocha, o substrato deverá ser de areia.
Outras Informações:
Este espécime é muito conhecido pelas suas elegantes barbatanas em forma de lira, de uma cor castanha clara, tem manchas azuis junto dos olhos.
Autor:
Nuno Correia
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/neolamprologus-brichardi-f47.html

Julidochromis transcriptus

Julidochromis transcriptus
 Julidochromis transcriptus


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre na parte noroeste do lago (perto de Uvira) e ao longo da margem sul (perto de Kapampa).
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
São peixes omnívoros que facilmente se adaptam à alimentação em cativeiro.
Preferem tipicamente comida congelada (mysis, krill, tanganyika mix,
artémia, etc). Também gostam de flocos e granulados, sendo os flocos os
menos apreciados.
Dimorfismo Sexual:
Peixes muito complicados de distinguir. Tipicamente em adultos a femea é
mais corpulenta que o macho, ficando mais larga quando vista de cima. Antes
de atingirem a idade adulta é praticamente impossível a sua distinção pois
mesmo a nível comportamental ambos os sexos são bastante agressivos dentro
do género Julidochromis.
Tamanho Máximo:
Este peixe particular é provavelmente o menor dos julis.
7cms para os machos ficando as femeas um pouco maiores. Existe uma população
que atinge os 8cm na natureza, mas nas populações mais comuns o seu
comprimento máximo em aquário ronda os 13cm.
Comportamento:
Espécie agressiva, principalmente em época de acasalamento, o que é praticamente uma constante depois de formado um casal.
Guardam uma àrea não muito grande e não são muito protectores das ninhadas mais velhas preocupando-se mais com a guarda da sua última ninhada.
Não existindo um controlador populacional (p.e. Altolamprologus, Eretmodus) facilmente um casal ocupa por completo um aquário sendo que este facto pode trazer dificuldades caso se queira manter outras espécies.
Um facto para o qual deveremos ter atenção prende-se com as alterações no layout do aquário, principalmente quando se trata de um aquário pequeno, pois pode resultar na quebra dos laços do casal e dificilmente voltam a unir, podendo mesmo ocorrer o homicidio de um dos membros, normalmente o macho. Como tal, depois de formado um casal é de todo desaconselhado mexidas nos seus territórios. Em aquários de dimensões consideráveis (acima de 120cm) é normal o casal voltar a unir laços e menos provável um dos membros morrer devido às agressões do companheiro.
Reprodução:
Peixes extremamente prolifero no que toca a reproduzir. Num aquário com um
casal reprodutor é normal verem-se constantemente "fornadas" de alevins a
aparecer. As ninhadas não são muito grandes mas são muito constantes o que
torna bastante interessante o seu comportamento já que os irmãos mais velhos
protegem os pequenitos que vão nascendo formando-se assim um belo grupo de
peixinhos para todos os tamanhos. Os pais escolhem a preceito o local da
desova sendo quase impossível sabermos ao certo onde estão colocados os
ovos, tão pouco conseguimos observa-los...a menos que levantemos as rochas,
prática que não deve ser levada a cabo.
Tamanho mínimo do aquário:
Para manter apenas um casal um aquário de 60 litros é suficiente. Em
aquários superiores a 100cm de frente podem ser mantidos com um casal de
Neolamprologus do complexo dos brichardi, onde se pode observar "schools"
formadas por alevins das duas espécies.
Outras Informações:
Aquando da compra desta espécie devemos estar certos do que estamos a
comprar pois são facilmente confundidos com outra espécie do mesmo genero:
Julidochromis marlieri katoto. As Julies Regani tendem a crescer bastante
mais o que pode trazer problemas futuros se o aquário não tiver a litragem
suficiente para as albergar. Outro factor a ter em conta é que nunca no
mesmo aquário deveremos manter mais do que uma espécie do género
Julidochromis sob risco de hibridação, com prejuízo das outras espécies
menos agressivas, tirando os Julidochromis dickfeldi, que são muito mais
agressivos que os J. regani.
Autor:
Hugo Gomes
Última Actualização:
2010-12-01
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/julidochromis-transcriptus-f69.html

Neolamprologus helianthus

Neolamprologus helianthus
 Neolamprologus helianthus


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
A típica localização é Kamakonde, na zona Sul do lago, na costa Ocidental. Bem como costa Oeste, perto de Kitumba, Congo, em zonas rochosas a profundidades desde 9 até 24 metros.
Características da água:
- PH: 7.5 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:

Alimento vivo ou congelado deverá ser administrado como parte integrante de grande parte da sua dieta. Aceitam facilmente alimento em forma de flocos e de granulado. Deverá também fazer parte alguma porção vegetal como spirulina e espinafre. Para realçar os amarelos/laranjas deverá oferecer-se alimentos ricos em carotenóides.
Dimorfismo Sexual:

Não é de fácil identificação. Em adultos, os machos tendem a ser maiores e mais largos que as fêmeas.
Tamanho Máximo:
Aproximadamente 8,5 cm, havendo diferença entre machos e fêmeas referida anteriormente.
Comportamento:
É uma espécie um tanto agressiva e territorial. Deverá ser mantida com outras espécies que habitam áreas diferentes dentro do aquário como os peixes de meia-água. Em termos de espécies que habitam a mesma zona rochosa terá de se ter algum bom senso no sentido de adequar as espécies que irão partilhar essa mesma zona, como pequenos ciclídeos: por exemplo, julidochromis. Devendo o aquário ser densamente decorado com pedras/rochas de forma a criar territórios suficientes. Quanto a nível intra-específico deverá ser mantido um único par (casal) a menos que o aquário seja notoriamente grande.
Reprodução:

Depositam os ovos na superfície de rochas, preferindo pequenas grutas para a postura. As desovas são normalmente pequenas e um bom casal deverá desovar repetidamente a nível quinzenal. Os alevins têm um crescimento muito lento e deverá administrar-se-lhes artémia viva recém-eclodida.
Tamanho mínimo do aquário:

Aquários superiores a 150 litros. Sendo que 70-80 litros são suficientes para um único par (casal).
Autor:
João Carecho
Inserida em:
2014-05-02
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.
http://www.ciclideos.com/neolamprologus-helianthus-f297.html

Neolamprologus buescheri

Neolamprologus buescheri
 Neolamprologus buescheri


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre na parte sul do lago, entre Moba (Congo) e Samazi (Tanzania). Algumas populações: Gombe, Isanga, Cape Kachese, Moliro, Tembwe, Kamakonde, Chaitika.
Características da água:
PH - 8.0 a 9.0
GH - 16 a 20
KH: 10 a 20
Temp. - 24 a 26º C
Alimentação:
Carnívoro. No ambiente natural come larvas de insectos e crustáceos. No aquário aceita bem a maioria das comidas comerciais.
Em aquário, não tem qualquer dificuldade alimentá-los, aceita todo o tipo de alimentos, desde spirulina, camarões, artémia, flocos, granulado, só não é muito aconselhável é dar-lhe muitas vezes larva de mosquito e alimento com alto teor proteico.
Dimorfismo Sexual:
Dimorfismo sexual: Macho ligeiramente maior que a fêmea. No caso da população Tembwe II, a fêmea tem as barbatanas maiores em relação ao corpo e cores um pouco mais intensas.
Tamanho Máximo:
O macho atinge os 7cm e a fêmea e um pouco mais pequena, atingindo apenas os 6cm
Comportamento:
Esta espécie e muito territorial, não aceita ninguém no seu domínio na época de reprodução, mas ao contrário da maior parte das outras espécies, as perseguições acabam na fronteira do seu território. Dependendo do seu estado, poderão tornar-se mais escuros ou mais claros, salientando as suas cores.
Habitam brechas nas rochas, quanto mais estreitas e escondidas melhor e evitam afastar-se das rochas.
Agressivo de uma forma fora do comum, quer dentro da própria espécie como para os outros peixes. O que tenho lido das experiências de outras pessoas aponta para machos altamente agressivos, inclusive para as fêmeas. A minha experiência não aponta nesse sentido. O macho tolera bem a fêmea dentro do seu território e o contrário não acontece.
Um peixe extremamente interessante pela sua imprevisibilidade.
Reprodução:
O macho pode ter mais que uma fêmea, cada um com o seu território. As desovas têm normalmente um número muito de reduzido de ovos, entre 2 a 5. Os alevins têm um crescimento extremamente lento, mesmo comparando com outros peixes do Tanganyika, e desde que tenham locais para se esconder, os alevins correm pouco perigo, uma vez que levam uma existência muito discreta, sempre junto às rochas e com grandes cautelas. Podem por esta razão ter sucesso mesmo em aquários comunitários. Neste momento vive com a fêmea uma ninhada mais velha e com o macho a ninhada mais nova.
Tamanho mínimo do aquário:
Sendo animais muito territoriais, é necessário garantir que cada peixe tem o seu território. Mínimo 1 metro para um casal
Outras Informações:
É aconselhável manter um ph de 8,5 para acelerar a formação do casal.
Bons companheiros: pode conviver com a maioria dos peixes do lago Tanganyika, desde que sejam providenciados territórios adequados a cada peixe. Evitar outros rockdwellers e mais que um macho por metro de aquário.
A população de Kamakonde é normalmente a mais vistosa e a de Tembwe II (também conhecida como “Congo”) é a mais escura e capaz de esconder os padrões do corpo.
Autor:
Nelson Mangana e Alfredo Reis Deus
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/neolamprologus-buescheri-f81.html

Neolamprologus mustax

Neolamprologus mustax
 Neolamprologus mustax


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Restringe-se à parte sul do lago, entre Moliro Bay (Congo) e Chituta Bay (Zambia).
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Carnívoro. Tem um apetite voraz, come todo o tipo de comida, desde granulado a comidas congeladas e ‘papas’ caseiras. Comida viva é sempre bem-vinda.
Dimorfismo Sexual:
Difícil. Os machos são um pouco maiores que as fêmeas e de cor mais intensa. Atenção que um macho dominado, apresentará a coloração esbatida de uma fêmea.
Tamanho Máximo:
Macho cerca de 10 cm, e as fêmeas ficam mais pequenas até cerca de 8-9 cm.
Comportamento:
Muito agressivos com os da mesma espécie, e cor.
Pacíficos para com as restantes espécies.
Reprodução:
É semelhante a outros Neolamprologus, escavando no substrato por baixo de uma rocha, fazendo uma espécie de ‘toca’, onde a fêmea deposita os ovos. Depois de fecundados pelo macho, eclodem dentro de 72 a 96 horas. Os ovos são vigiados pelo casal, e os alevins, que crescem rapidamente, são guardados pela mãe, enquanto o macho estabelece e guarda um território mais alargado, onde os alevins vão ‘esticando’ as barbatanas.
Tamanho mínimo do aquário:
100 cm.
Outras Informações:
A coloração varia entre o amarelo no corpo inteiro, até ao cinzento, ficando apenas as barbatanas amarelas. Entre as quatro espécies referidas encontram-se estas diferenças mais notadamente.
Apesar de serem ‘rock-dwellers’, aparecem frequentemente na zona intermédia do aquário, trazendo assim colorido e movimento.
Autor:
Samuel Lopes
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/neolamprologus-mustax-f127.html

Neolamprologus leleupi

Neolamprologus leleupi
 Neolamprologus leleupi


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Tem uma distribuição descontinua no lago podendo ser encontrado na margem noroeste perto de Uvira, ao longoda margem este, entre Malagarasi River e Bulu Point, e na margem oeste, entre Cape Tembwe e Zongwe.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
São peixes omnívoros que facilmente se adaptam à alimentação em cativeiro. Preferem tipicamente comida congelada (mysis, krill, tanganyika mix, artemia, etc). Também gostam de flocos e granulados, sendo os flocos os menos apreciados. Alevins de outras espécies são também bem recebidos na dieta alimentar desta espécie.
Dimorfismo Sexual:
São peixes de difícil distinção. Quando em adultos o macho fica ligeiramente maior e com uma cabeça mais larga sendo a fêmea um pouco mais esguia. Para além disso, os machos são maiores que as fêmeas com uma ligeira bossa na cabeça e de face e contorno de barbatanas negras exibindo também barbatanas maiores e mais pontiagudas, ao par que as fêmeas são mais pequenas e de ventre mais arredondado.
Tamanho Máximo:
10 cm para os machos ficando as fêmeas um pouco mais pequenas.
Comportamento:
É uma espécie um pouco complicada pois tende a ser bastante belicosa. A sua agressividade faz-se notar quer intra, quer inter-especificamente. Não são peixes demasiado territoriais já que gostam de vaguear por todo o aquário, com todas as vantagens e desvantagens que traz este tipo de comportamento. São mais fáceis de manter em pequenos grupos de 5/6 indivíduos do que ao pares. Porém um casal formado pode viver "pacificamente" e sem grandes problemas. Ainda assim nem sempre a relação amorosa é isenta de crises conjugais daí que seja na maior parte das vezes mais fácil mante-los em pequenos cardumes.
Reprodução:
Dentro do grupo Neolamprologus não são dos peixes mais fáceis de reproduzir. No entanto é comum ve-los reproduzir em aquário de quem os mantém nas devidas condições, ainda que nunca reproduzam com a facilidade dos seus "primos" Brichardi por exemplo. Fazem o ninho por entre as rochas em lugares extremamente secretos não deixando qualquer intruso chegar sequer perto da área.
Tamanho mínimo do aquário:
Devem ser mantidos em aquários grandes dado o seu comportamento e também devido ao facto de preferencialmente deverem ser encontrados em grupos. Posto isto o aquario minimo deverá rondar a casa dos 250 litros.
Outras Informações:
A melhor forma de nos iniciarmos com esta espécie passa por adquirir um grupo de juvenis e deixa-los crescer lado a lado num aquário espaçoso. Depois é esperar que o tempo faça o resto e que naturalmente se forme um casal devendo depois serem retirados os peixes excedentes. De salientar que existem diversas variações cromáticas nesta espécie, sendo as mais comuns o amarelo-limão (mais claro) e o "orange" (amarelo torrado).
http://www.ciclideos.com/neolamprologus-leleupi-f24.html

Neolamprologus sexfasciatus

Neolamprologus sexfasciatus
 Neolamprologus sexfasciatus


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
A maioria de exemplares desse género está concentrada na região do Congo, onde os exemplares são de variação Gold. Outras populações estão distribuídas por outras regiões do lago. Entre eles estão a Fulwe, Kambwimba, Kasanga, Namansi Reef, Nkondwe, Samazi
Características da água:
PH: 8.5 – 9.2
GH: 10 à 17
Temperatura – 23 à 26ºC
Alimentação:
Carnívoro. Na natureza alimentam-se de peixes pequenos, crustáceos, e pequenos invertebrados. Em aquários deve ser fornecida rações com alto teor de proteína pois eles apreciam mais alimentos com essa base de nutrição. Aceitam bem alimentos comercializados em flocos, granulados e congelados. Deve ser fornecido alimentos vegetais para complementar sua dieta alimentar.
Dimorfismo Sexual:
Não há como identificar quando jovens. Em exemplares adultos, a diferença regista-se no tamanho dos machos que são maiores e com as barbatana pélvicas mais ponte-agudas.
Tamanho Máximo:
Os machos atingem cerca de 15cm facilmente, enquanto as fêmeas não ultrapassam os 13cm.
Comportamento:
É uma espécie muito complicada. Tem seus hábitos agressivos e territoriais muito próximos aos L. tretocephalus, que geralmente incomodam todos os peixes do aquário. Não toleram outros machos num aquário menor de 150cm de frente e ainda sim, atacam as fêmeas que ficam presentes no mesmo tanque.
Atacam com muita frequência, peixes com características físicas, cores e padrões de listas semelhantes à desse género.
Reprodução:
A reprodução acontece numa caverna escolhida por ambos progenitores.
Nunca manter mais de um par no mesmo tanque sem as devidas dimensões necessárias para isso, pois são muito defensores e agressivos nesse período reprodutivo. Escavam por baixo ou por detrás de uma rocha onde os ovos são depositados. Depois de fertilizados, o período de eclosão varia de 48 à 72 horas, dependendo da temperatura do aquário. A prole é guardada por ambos os progenitores até um crescimento de 1,5cm, altura em que normalmente decidem uma nova postura.
Tamanho mínimo do aquário:
100cm de frente para um casal. 150cm de frente, com pelo menos 250l para um casal em comunitário.
Outras Informações:
http://www.fishbase.org/summary/Neolamprologus-sexfasciatus.html

Guide to Tanganyika Cichlids by Ad Konings – 2ª edição
Autor:
Emerson Souza Santos
http://www.ciclideos.com/neolamprologus-sexfasciatus-f280.html

Neolamprologus olivaceous

Neolamprologus olivaceous
 Neolamprologus olivaceous


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Baía de Lunangwa (Congo)
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
No lago preda todo o tipo de pequenos peixes e larvas de insecto. No aquário é fácil de alimentar sendo importante ser alimentado com granulados e comidas congeladas próprias para peixes com a sua dieta.
Dimorfismo Sexual:
O macho fica ligeiramente maior e mais encorpado e tem um véu mais alongado na barbatana caudal.
Tamanho Máximo:
Macho 8cm e fêmea 6cm.
Comportamento:
Na natureza procura as zonas costeiras rochosas onde formam grandes grupos de indivíduos com vista a defesa de território, a defesa pessoal e a defesa das suas crias. Em aquário um casal pode ser complicado de fazer coabitar com outros peixes sendo por isso aconselhável partir de um casal. Após algum tempo os peixes começarão a ter crias e estas irão crescer juntas com os pais e os próprios irmãos de várias ninhadas me harmonia.
Reprodução:
O casal reprodutor prepara um buraco entre as rochas a fêmea deposita os ovos nesse local sendo posteriormente fertilizados pelo macho. Passado alguns dias as crias eclodem e os progenitores passarão a protegê-los a todo o custo colocando a vida de outros habitantes do aquário em perigo.
Tamanho mínimo do aquário:
80cm de frente com 100 litros para a manutenção de um casal.
Outras Informações:
Esta espécie foi descrita em 1989 por Brichard após ter descoberto alguns espécimes na baía de Lunangwa em 1989. Inicialmente considerou que era apenas uma população dentro da espécie Neolamprologus splendens, uma vez que apresentava uma risca vertical na face ao longo do olho contrariamente ao seu “primo” Neolamprologus brichardi, em que a mesma risca na face ao longo do olho é na horizontal. Posteriormente Brichad concluiu que era uma nova espécie e classificou-a como Neolamprologus olivaceus. Actualmente ainda reside a dúvida se é de facto uma espécie separada da espécie Neolamprologus slendens.
http://www.ciclideos.com/neolamprologus-olivaceous-f204.html

Neolamprologus tretocephalus

Neolamprologus tretocephalus
 Neolamprologus tretocephalus


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Originário da Zona Norte do lago. Aparece do meio da coluna de àgua para baixo.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Sendo carnívoro na natureza, em aquário aceita quase todo o tipo de alimentação, desde granulado a papas caseiras ou comida congelada, desde que afunde. Nunca devendo ser esquecida a componente vegetal, Spirulina por exemplo, e a componente proteica, através de alimentos vivos. Também comem pequenos caracóis, embora mais raro, e alevins, se os deixarem.
Dimorfismo Sexual:
Difícil de distinguir, só pelo tamanho ligeiramente maior dos machos.
Tamanho Máximo:
15 cm, ficando os machos ligeiramente maiores que as fêmeas.
Comportamento:
Extremamente agressivo com qualquer peixe listado, inclusive os da própria espécie, perseguindo-os e atacando-os até à morte.
Reprodução:
Semelhante aos demais Neolamprologus, escavando por baixo ou detrás de uma rocha onde os ovos são colocados, fertilizados, e a prole é guardada por ambos os progenitores.
Tamanho mínimo do aquário:
100 – 120 cm de frente.
Outras Informações:
Sua principal característica, são suas cinco barras pretas, largas no dorso e que estreitam gradualmente até desaparecerem na zona da barriga. Nas extremidades das barbatanas apresenta um azul quase néon muito agradável à vista pelo contraste que faz com o resto da coloração. Exigente quanto à qualidade e limpeza da água.
Sendo um rock dweller, o aquário deverá ter um layout com bastantes rochas, onde certamente se alojará. Não sendo um peixe demasiado tímido aparece com frequência por todo o aquário.
Autor:
Samuel Lopes
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/neolamprologus-tretocephalus-f129.html

Telmatochromis vittatus

Telmatochromis vittatus
 Telmatochromis vittatus


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Esta espécie encontra-se na metade sul do lago.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
São carnívoros mas comem de tudo, mesmo comida "verde". O ideal será oferecer-lhes uma dieta o mais variada possível indo desde as comidas secas às congeladas.
Dimorfismo Sexual:
O macho fica maior e mais encorpado. As barbatanas podem também servir de método de distinção, sendo que este método é bem mais falível.
Tamanho Máximo:
Macho ± 8 cm
Fêmea ± 6/7 cm
Comportamento:
Extremamente agressivos quando têm posturas a seu cargo. São normalmente bons companheiros durante o resto do tempo. Não devem ser mantidos com outros conchiculas, nem com espécies do género Julidochromis, para evitar guerras pelos territórios.
Reprodução:
Reproduzem-se dentro de conchas ou entre pequenas brechas nas rochas. Os ovos são depositados pela fêmea no interior da concha ou fenda. O macho lança o sémen a partir da entrada do local de desova, não tendo contacto directo com os ovos. Ambos os progenitores defendem o local, sendo que o macho o faz num raio maior, ao passo que a fêmea se mantém mais perto da postura.
Tamanho mínimo do aquário:
Um aquário 60 litros de volume é suficiente para um casal. Para serem mantidos num aquário comunitário convém que este tenha, pelo menos, 1 metro de frente.
Outras Informações:
Existe uma espécie muito parecida, de nome T. bifrenatus. Isso deve ser tido em conta aquando da compra, para evitarmos confusões. Nunca devem ser mantidas em conjunto e devemos ter sempre a certeza de qual destas duas espécies mantemos.
Autor:
Nelson Oliveira
Última Actualização:
2013-02-22
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/telmatochromis-vittatus-f97.html

Variabilichromis moori

Variabilichromis moori
 Variabilichromis moori


Biótopo:
Lago Tanganyika - Rock Dwellers
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre na metade sul do lago.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Espécie omnívora que se alimenta facilmente quando em cativeiro. Comem de tudo e são óptimos predadores pelo que a manutenção de alevins de outras espécies junto de V.moori deve ser evitada.
Dimorfismo Sexual:
O macho fica maior e mais possante. Dado que mudam de cor consoante a época em que se encontram pode ser complicado tentar distinguir o sexo com base neste factor.
Tamanho Máximo:
Macho: 10 cms
Fêmea: 8 cms
Comportamento:
Peixes bastante territoriais não terão qualquer dificuldade em fazer mossa à concorrência caso sintam necessidade para tal. Não ocupam muito espaço defendendo um território não muito grande, tipicamente à volta de uma pequena gruta. Revelam alguma agressividade intra-especificamente mas nem por isso são agressivos com outras espécies, salvo para defender o seu espaço ou as suas crias, tal como foi dito acima. Ocupam o nível inferior do aquário e gostam de se sentir rodeados por rochas.
Reprodução:
Tal como a maioria dos Lamprologineos que vivem nas rochas também os V.moori depositam os ovos em grutas de difícil acesso por parte de potenciais predadores. A fêmea deposita os ovos e o macho fertiliza em seguida, muitas vezes a partir da zona exterior da toca. Ambos os progenitores defendem com afinco o local e os respectivos filhotes. Podem viver em comunidade até uma idade avançada e só quando os rebentos começarem a ser vistos como ameaça para futuras posturas é que serão expulsos do território.
Tamanho mínimo do aquário:
100 litros chegam para a manutenção de um casal. Para manter num comunitário 200 litros serão o mínimo indispensável.
Autor:
Nelson Oliveira
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/variabilichromis-moori-f105.html

Cyathopharynx foai

Cyathopharynx foai
 Cyathopharynx foai


Biótopo:
Lago Tanganyika - Meia Água
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre ao longo de todo o lago mas com variantes populacionais.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Comem de tudo com uma voracidade notável. No entanto para os preparar para desovar convém que lhes seja fornecida comida de qualidade. Flocos e granulados são uma boa solução para a base de alimentação no entanto a comida congelada terá nesta espécie um papel importante e deverá ser-lhes fornecida de forma regular.
Dimorfismo Sexual:
Depois de atingida a maturidade não tem que enganar. A fêmea não ganha qualquer cor (à excepção de umas machas laterais mais escuras dependendo do "humor"). O macho fica um dos mais bonitos espécimes do Tanganyika ganhando tonalidades escuras chegando em algumas zonas do Lago a serem completamente negros. Algo que os caracteriza é o seu aspecto "metálico" independentemente da cor do corpo.
Tamanho Máximo:
Os machos chegam aos 20/22 cms enquanto as fêmeas ficam um pouco mais pequenas e menos encorpadas.
Comportamento:
Peixes extremamente activos que requerem aquários grandes. Manter dois machos no mesmo aquário não é nada boa ideia devido à sua agressividade. No Lago as fêmeas formam cardumes enquanto os machos se mantém junto dos seus ninhos. Em qualquer aquário serão com toda a certeza o centro das atenções. Os ninhos que constroem atingem dimensões épicas podendo a cratera ter mais de 20 centímetros de diâmetro.
Reprodução:
Os machos criam os seus ninhos (autênticos bunkers) e chamam constantemente as fêmeas até estes espaços. Quando a fêmea se mostra receptiva a dança em T desenrola-se no centro da cratera. Após o acto as fêmeas deverão ter rochas grandes onde se possam proteger das constantes investidas dos machos que estão sempre prontos a reproduzir. Após os normais 20 a 22 dias de incubação os pequenos alevins estão prontos a serem libertados. Por forma a evitar a predação por parte dos machos convém que sejam retirados um ou dois dias antes desse período e sejam colocados em maternidades preparadas para o efeito.
Tamanho mínimo do aquário:
150 cms
Outras Informações:
Por alguma razão que desconheço esta espécie é pouco comum em Portugal. Eventualmente o tamanho que atingem possa ser importante aquando da escolha dos animais e nesse aspecto os C.foai saem a perder pois exigem aquários de dimensões generosas e pouco populados e nem todos temos essas condições para oferecer. Fica ainda assim a chamada de atenção para esta fascinante espécie e quando chegar a altura de escolher os peixes devemos sempre pelo menos equacionar a manutenção destes rapazes.
http://www.ciclideos.com/cyathopharynx-foai-f96.html

Benthochromis tricoti

Benthochromis tricoti
 Benthochromis tricoti


Biótopo:
Lago Tanganyika - Meia Água
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre ao longo de todo o lago.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Peixes omnivoros que apreciam comida viva e congelada. Não recusam comidas secas (flocos e granulados) mas visto se tratarem de peixes que exigem uma boa quantidade de proteína não devemos ficar apenas pelas comidas secas. Uma dieta variada ajuda a manter os animais em melhores condições para reproduzir.
Dimorfismo Sexual:
Os machos ganham uma fabulosa coloração roxa e amarela ao passo que as fêmeas são cinzentas ganhando apenas alguns reflexos de cor.
Após atingirem o seu estado adulto não oferecem qualquer dificuldade na distinção.
Tamanho Máximo:
Entre os 22 e os 26 centímetros.
Comportamento:
São peixes bastante calmos que habitam a zona mais superficial do aquário. Dado o seu tamanho requerem aquários grandes e convém que estes sejam tapados porque os B.tricoti são conhecidos pelos seus dotes atléticos e gostam bastante de saltar fora de água. Convém escolher cuidadosamente os seus parceiros devido ao factor stress. Os B.tricoti gostam de se passear calmamente pelo aquário e detestam ser incomodados stressando facilmente o que pode leva-los a deixar de comer, perder a cor e refugiarem-se nos cantos do aquário.
Reprodução:
São conhecidos por serem um dos maiores desafios do Tanganyika no que toca à reprodução. Não quer com isto dizer que sejam impossíveis de reproduzir. Pelo contrário. A maior dificuldade não está em fazê-los desovar mas sim em conseguir fazer com que as fêmeas levem a postura até ao final. Fazer crescer os alevins é também uma tarefa complicada que requere dedicação, cuidados e muita persistência.
Tamanho mínimo do aquário:
400 Litros
Outras Informações:
Visto que vivem em zonas mais profundas dos Lagos são peixes que apreciam aquários pouco iluminados ou com espectros azulados. As C.frontosa são excelente companheiros de setup.
http://www.ciclideos.com/benthochromis-tricoti-f95.html

Cyprichromis leptosoma

Cyprichromis leptosoma  , Mpulungu
 Cyprichromis leptosoma , Mpulungu


Biótopo:
Lago Tanganyika - Meia Água
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre em todo o lago à excepção da região norte. (Burundi e norte do Congo). Existem variantes geográficas entre as várias populações.
Características da água:
PH - 8.0 a 9.0
GH - 10 a 15 dH
Temp. - 25 a 27 ºC.
Alimentação:
No seu meio natural, eles alimentam-se de planton. Em aquário aceitam quase tudo, desde granulados finos,a flocos, artémia congelada etc...
Dimorfismo Sexual:
Os machos tem no corpo um cinzento mais escuro do que nos restantes Cypris e na parte superior da cabeça um azul muito forte que se estende pela barbatana dorsal, acompanhada por uma banda preta ao longo da barbatana,(por essa razão também são conhecidos como Cypris Blue Flash ou Blue Neon) e também as barbatanas dorsais são pretas. A cauda é amarelo forte. As femeas são normalmente todas cinzentas podendo ter apenas umas nuances de cor nas barbatanas.
Existe uma grande variedade dependendo do zona geográfica do lago onde são recolhidos, e mesmo dentro da mesma variedade ou população existem exemplares machos com a cauda amarela ou azul.
Tamanho Máximo:
10cm para os machos e um pouco menos para as fêmeas
Comportamento:
Todos os Cyprichromis devem ser mantidos em grupos no aquário. No lago vivem em cardumes e no aquário esta condição deve ser replicada. Grupos baixos como 6 indivíduos são possíveis mas quantos mais melhor. É referido por diversos aquariofilistas que os Cypris estão mais à vontade quando em cardumes superiores a 20 indivíduos. O comportamento destes peixes, especialmente os machos é muito calmo quando em grupos maiores, em comparação com grupos mais pequenos. Embora, por norma, estes peixes sejam muito pacíficos em comparação com muitos outros ciclideos, quanto maior for o cardume e melhor o rácio de machos e fêmeas, o comportamento destes tende a ser mais ou menos agressivo
Reprodução:
São incubadores bocais. As fêmeas andam em cardume por todo o aquário enquanto que os machos dominantes têm, na altura da reprodução o seu pequeno território, de cerca de 30 cm, para o qual chamam as fêmeas que estão prontas para acasalar. Se por acaso a fêmea entra no território do macho e não está em condições de reprodução é imediatamente expulsa do território pelo macho. Nesse ritual, ele “chama” a fêmea nadando em redor dela com as barbatanas abertas e com as cores em plena intensidade num esforço para as atrair para o seu território. Uma vez lá, ele fecha as barbatanas, dorsal e anal, e aproxima-se dela para com a boca estimular a fêmea a largar um ovo. O ovo é imediatamente apanhado com a boca pela fêmea que depois vai abordar o macho aproximando-se da zona da barbatana anal para este lhe fertilizar o ovo já dentro da sua boca. O processo é repetido durante a postura de todos os ovos O número de ovos que a fêmea vai meter e que posteriormente vai guardar depende do tamanho da fêmea.
Num aquário específico de Cypris é possível conseguir que os alevins cresçam juntos dos pais e assim o aumento do cardume. Num aquário com outras espécies o melhor será retirar a fêmea para outro aquário onde possa ter os seus filhos longe de predadores. É desaconselhável fazer o chamado "parto forçado" já que as fêmeas do Cyprichromis são muito sensíveis à sua manipulação.
Tamanho mínimo do aquário:
200 Litros
Outras Informações:
estes peixes são excelentes nadadores de tamanho razoável e que gostam de viver em cardumes com um nº aceitável de indivíduos, para conseguirmos manter um cardume de 15 a 20 indivíduos um aquário de 500 lts não será demasiado grande. Esta espécie é ideal para ocupar a zona superior do aquário. Nunca juntar variedades diferentes e evitar grandes predadores como por exemplo Frontosas. Um dos melhores aspectos da manutenção dos Cypris Mpulungu em aquário é que mesmo os machos sub dominantes têm uma coloração excelente, de modo que se pode apreciar as magnificas cores desta espécie a toda a hora e não apenas durante a reprodução. Na minha opinião fica espectacular ter um aquário cheio destes peixes desde que as suas dimensões o permitam.
http://www.ciclideos.com/cyprichromis-leptosoma-f114.html

Cyprichromis sp. "leptosoma jumbo”

Cyprichromis sp  leptosoma jumbo” , Kigoma
 Cyprichromis sp. "leptosoma jumbo” , Kigoma


Biótopo:
Lago Tanganyika - Meia Água
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre na metade sul do lago.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Alimentação. Esta espécie no seu meio natural é bastante oportunista alimentando-se quase de tudo…em aquário aceitam praticamente tudo desde, flocos, granulados e comidas congeladas.
Dimorfismo Sexual:
Os machos em adultos são bastante coloridos , uns apresentando uma coloração amarela e lilás e outros uma cor preta e azul, as fêmeas ficam cinzas com a barbatana dorsal preta e a caudal amarela. Atingem a maturidade sexual a partir dos 10 cm.
Tamanho Máximo:
Os machos podem atingir entre os 12 a 13 cm e as fêmeas ficam-se pelos 12 cm.
Comportamento:
São peixes que derivado ao seu tamanho se tornam um pouco agressivos, e não toleram machos da mesma espécie.
Reprodução:
São incubadores bucais, as fêmeas refugiam-se com bastante regularidade por causa do assédio constante dos machos
mas por vezes nadam em cardume.
Aparecendo com mais frequência quando querem acasalar.
Tamanho mínimo do aquário:
Recomendo para esta espécie 150 cm de frente no mínimo.
Autor:
Pedro Azeitona
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.
http://www.ciclideos.com/cyprichromis-sp-leptosoma-jumbo-f128.html

Cyprichromis microlepidotus

Cyprichromis microlepidotus  , Bujumbura
 Cyprichromis microlepidotus , Bujumbura


Biótopo:
Lago Tanganyika - Meia Água
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre na metade norte do lago.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Espécie carnívora. Em estado selvagem, alimentam-se essencialmente de plankton. No entanto, poderão complementar a alimentação com alevins de conchículas.
Dimorfismo Sexual:
Os machos dominantes têm uma coloração extremamente brilhante. A cor base dos machos é amarelo. Apresentam manchas de azul eléctrico no dorso, e base da barbatana dorsal. As barbatanas dorsal e anal são guarnecidas com azul-escuro e preto. As barbatanas ventrais são amarelas.

Em situações de stress, os machos apresentam bandas escuras verticais, ao longo do corpo. As fêmeas têm uma coloração acinzentada, sem brilho, podendo apresentar preto na barbatana dorsal. Poderão existir diferenças de coloração entre indivíduos da mesma população, tanto nos machos, como nas fêmeas.
Tamanho Máximo:
Os machos atingem 12 cm e as fêmeas atingem 10 cm.
Comportamento:
Espécie gregária, extremamente pacífica, que deverá ser mantida em grupos acima dos 8 elementos, com proporção idêntica de machos e fêmeas. Os machos dominantes defendem um território tridimensional, com centro no topo de uma zona rochosa, e procuram atrair as fêmeas com “danças” de acasalamento.
Fora da época de reprodução, os machos dominantes toleram a presença de outros machos nos seus territórios. Durante a época de reprodução, os machos dominantes expulsam todos os outros indivíduos da mesma espécie dos seus territórios – excepto as fêmeas reprodutoras, como é evidente.
Reprodução:
Incubador bocal maternal. A fertilização dos ovos acontece em águas abertas. Nesta espécie, são as fêmeas que escolhem os machos com que vão acasalar – normalmente, os machos dominantes. Os machos dançam em redor das fêmeas, para estimulá-las a largar o ovo.

O ovo é libertado pela fêmea na coluna de água, e apanhado com a boca um pouco mais abaixo. Depois de ter o ovo na boca, a fêmea aproxima-se do macho, recolhendo o esperma junto da barbatana anal. Os ovos são fertilizados já dentro da boca da fêmea.
Tamanho mínimo do aquário:
Embora possam ser mantidos em aquários com 120 cm frente. No entanto, para desenvolverem os seus comportamentos naturais, o aquário deverá ter acima de 150 cm de frente. Deverá ser privilegiada a altura, e comprimento do aquário, em detrimento da profundidade.
Outras Informações:
Os Cyprichromis microlepidotus só podem ser encontrados na metade norte do Lago Tanganyica. Diferem dos Cyprichromis leptosoma na coloração – enquanto os leptosoma apresentam uma coloração mais sólida/uniforme, os microlepidotus apresentam uma coloração “sarapintada”.
Autor:
Vítor Soares
Última Actualização:
2010-11-13
Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/cyprichromis-microlepidotus-f188.html

Ophthalmotilapia ventralis

Ophthalmotilapia ventralis  , Isanga
 Ophthalmotilapia ventralis , Isanga


Biótopo:
Lago Tanganyika - Meia Água
Distribuição Geográfica / População:
Ocorre a sul de Malagarasi River na costa este e a sul de Ubwari na costa este.
Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC
Alimentação:
Espécie predominantemente herbívora come no entanto todo o tipo de comida que lhe oferecer-mos. Comidas congeladas ajudam ao crescimento e induzem mais rapidamente à reprodução. O crescimento de algas no aquário é também favorável à manutenção desta espécie que se delicia a debicar as referidas algas.
Dimorfismo Sexual:
Os machos são maiores e mais exuberantes. Em idade adulta não existe qualquer dificuldade em sexar os indivíduos. Para além do tamanho geral do corpo também as barbatanas pélvicas são bastante mais longas nos machos e têm as suas terminações numa coloração amarela bastante atraente. Tambem a barbatana anal nas femeas é redonda e nos machos é bicuda.
Tamanho Máximo:
Machos 13/14 cms
Fêmeas 11/12 cms
Comportamento:
Estes são peixes que requerem aquários grandes. Completamente desaconselhada a sua manutenção em aquários inferiores a 150 cms de frente. Dois machos deverão conviver num mínimo de 200 cms dado o seu espírito guerreiro e belicoso. Idealmente deverão coabitar um macho e três ou quatro fêmeas dado que os machos são muito insistentes com as fêmeas estando constantemente a querer reproduzir. São uma das espécies mais atrevidas do Lago e serão sempre uma das atracções principais de um aquário.
Reprodução:
Como descrito acima são animais com bastante apetência para criar, principalmente os machos. As fêmeas incubam bucalmente e os alevins vivem na boca da mãe ao longo de 20 a 25 dias. O acto reprodutivo dá-se com a famosa dança em T tão característica dos peixes incubadores bucais.
Tamanho mínimo do aquário:
150 cms
Outras Informações:
Konings, A. (2005). Back to Nature Guide to Tanganyika Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso.http://www.ciclideos.com/ophthalmotilapia-ventralis-f89.html